sábado, 11 de outubro de 2008

Dia Mundial dos Cuidados Paliativos

Celebra-se hoje o dia Mundial dos Cuidados Paliativos. Este post existe em grande parte porque a Mafalda, voluntária em Cuidados Paliativos, me tem vindo a sensibilizar para a necessidade de existir no nosso país uma muito maior consciência do que são este tipo de cuidados e do direito que todos temos à sua existência.

A nossa sociedade preocupa-se muito com o tratamento dos que têm ainda oportunidade para contribuir - numa perspectiva egoísta enquanto sociedade - de forma material para o nosso progresso.

Esquecemos-nos porém que quem está a morrer (e estamos todos) merece exactamente a mesma atenção não só pelo que já contribuiu mas sobretudo porque ao fazê-lo estamos também a realizar a verdadeira dimensão do ser humano, que é precisamente a capacidade de cuidar de todos independentemente do seu destino imediato, ou longínquo, ou do seu valor material ou imaterial.

O que nos deve importar é apenas uma coisa: em qualquer circunstância da nossa vida o nosso semelhante deve poder viver com qualidade, com respeito e com dignidade. É nosso absoluto dever garantir que isto acontece, sempre.

O que podemos fazer?
Muito. Para quem queira ser activo neste âmbito recomendo que visitem o site da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos aqui. Podem também ler o post da Laurinda Alves sobre este tema aqui.

Numa das minhas composições preferidas diz Schiller com a música de Beethoven : Os Homens são todos iguais. E são-no, sempre, desde o nascimento até à morte. Lutemos para que isto aconteça de verdade e fiquem com o andamento final da Nona de Beethoven aqui.

1 comentário:

  1. Acho que a Mafalda nos tem mostrado o que são os Cuidados Paliativos e nos tem feito pensar que todos nós merecemos ter um fim de vida com qualidade, respeito e dignidade, até porque para muitos de nós, é difícil vermos a morte como um processo normal.

    A verdade é que os Cuidados Paliativos são cuidados fundamentais para que o doente tenha qualidade de vida até ao fim e para que a família tenha a certeza absoluta de que está a ser feito tudo o que pode ser feito.

    Assim, são as Equipas de Cuidados Paliativos: médicos, enfermeiros, auxiliares de acção médica e voluntários que ajudam os doentes a viver tão activamente quanto possível até ao fim das suas vidas, cuidando do doente, aliviando as suas dores físicas, psicológicas e espirituais, cuidando também da família que está muitas vezes perturbada pela doença do seu familiar.

    Já agora que falamos de “vida” gostaria de partilhar convosco um texto de Woody Allen que eu acho fabuloso: 'A minha próxima vida'



    ' Na minha próxima vida quero vivê-la de trás para a frente. Começar morto para despachar logo
    esse assunto. Depois acordar num lar de idosos e sentir-me melhor a cada dia
    que passa. Ser expulso porque estou demasiado saudável, ir receber a pensão e
    começar a trabalhar, receber logo um relógio de ouro no primeiro dia. Trabalhar
    40 anos até ser novo o suficiente para gozar a reforma. Divertir-me,
    embebedar-me e ser de uma forma geral promíscuo, e depois estar pronto para o
    liceu. Em seguida a primária, fica-se criança e brinca-se. Não temos
    responsabilidades e ficamos um bébé até nascermos. Por fim, passamos 9 meses a
    flutuar num spa de luxo com aquecimento central, serviço de quartos à descrição
    e um quarto maior de dia para dia e depois Voilá! Acaba como um orgasmo! '

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