domingo, 13 de abril de 2008

Recital comentado de Jorge Moyano

Cheguei à pouco do recital do Jorge Moyano na Culturgest. Como vos tinha dito iriam ser interpretadas obras de Alban Berg, Ravel e Gershwin.

De Alban Berg ouvimos a sonata opus 1 com uma excelente explicação prévia do que é a forma de sonata e das circunstâncias que enquadraram a criação desta composição (um exercicío escolar - Alban Berg foi aluno de Arnold Schoenberg. Podem ouvir esta sonata aqui (primeira parte) e aqui (segunda parte). Os que já me conhecem sabem que esta não é propriamente a minha "chávena de chá" mas não posso dizer que não tenha gostado.

A segunda peça de Ravel intitulava-se "Le Tombeau de Couperin" de que por acaso já tínhamos falado aqui. Também neste caso Jorge Moyano explicou o enquadramento histórico da peça e alguns dos aspectos mais interessantes relativos à sua estrutura. Podem ouvir esta peça aqui (primeira parte), aqui (segunda parte) e finalmente aqui (terceira parte).

Porque se excedeu no tempo das explicações das duas peças anteriores Jorge Moyano não pode fazer a introdução que tinha preparado para a peça de Gershwin o que foi pena. Fiquem aqui com a versão orquestral (desculpem mas não resisti aqui a dar-vos algo diferente do que ouvi - "Bernstein oblige" ... e mais não direi). Encontram aqui a primeira parte e aqui a segunda.

O encore foi uma peça de Ravel penso, pelo menos pareceu-me pelo estilo, mas não posso garantir porque não consegui ouvir o que Jorge Moyano disse.

Foi uma excelente lição de música e um fim de manhã de Domingo muito bem passada.

Um momento de humor musical

Quem costuma ir a recitais já terá com certeza reparado em algumas manias dos artistas em palco. Cada vez mais existe menos sobriedade e mais expansividade. Pessoalmente gosto de um equilíbrio entre as duas coisas embora hoje me pareça que se dê demasiada importância à componente do espectáculo.

Mas esta introdução vem a propósito de um post que li ontem à noite no Meow e que me lembrou de um duo de instrumentistas fabulosos que fazem uma caricatura muito interessante dos recitais. São ambos extraordinários instrumentistas e o humor é por vezes muito subtil ... nem sempre no entanto (e é precisamente isso que tem piada).

Vejam também este outro extracto do espectáculo chamado "A Little Nightmare Music".

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