domingo, 16 de novembro de 2008

Brahms ( 1833 - 1897) - Uma Biografia (Terceira Parte)

Esta é a terceira parte desta Biografia. Leia a segunda parte aqui e a primeira parte aqui.

Tínhamos deixado Brahms em 1868 por altura da estreia do Requiem que foi um sucesso estrondoso e como referimos a verdadeira afirmação do compositor. Iríamos agora ter de esperar quase mais dez anos para a próxima grande obra de Brahms, a sua primeira sinfonia.

Entretanto em 1869 publica as famosas Valsas e as Danças Húngaras que se revelaram bastante interessantes do ponto de vista económico embora as ultimas o tenham envolvido numa polémica sobre autoria de todo imerecida dado que Brahms nunca pretendeu ser o autor das mesmas (aliás estas obras sempre foram consideradas por Brahms como adaptações e não obras originais).

Em 1871 volta a tocar em público o seu Concerto nº1 para piano que tão mal tinha sido recebido uns anos antes. Desta vez é um sucesso aumentando a confiança de Brahms o que era fundamental para que pudesse completar a sua primeira sinfonia. Em 1871 publica também o Op. 54 "Canção do Destino" sobre um texto de Holderlin Hyperion pelo qual tinha ficado imediatamente apaixonado em 1868 (e que é eventualmente uma das mais belas peças curtas vocais de Brahms).

Em 1874 recebe a primeira das várias condecorações que acabaria por receber, quando o Rei da Baviera lhe atribui o ordem Maximiliana das Artes e das Ciências.

Chegamos assim a 1876 quando finalmente Brahms dá por completa a sua primeira sinfonia uma obra apaixonada mas simultaneamente sombria. Notável o facto que Brahms tinha já nessa altura 43 anos ... Como referimos esta demora está possivelmente alicerçada no receio do fracasso e na reacção ao seu primeiro concerto para piano. Esta sinfonia foi bem recebida tendo Brahms utilizado-a como obra para "justificar" o grau de Doutor Honnoris Causa concedido pela Universidade de Cambridge em 1877.

Na verdade esta universidade pretendia que para o efeito fosse composta uma nova obra mas Brahms recusou dizendo-se demasiado ocupado (provavelmente estaria já a compor a sua segunda sinfonia). Após algumas negociações Brahms e o seu amigo Joachim recebem praticamente em simultâneo este grau por esta universidade (é por esta razão que esta sinfonia ainda é por vezes conhecida em Inglaterra como Sinfonia de Cambridge).

A 24 de Dezembro de 1877 Brahms estreia a sua segunda sinfonia entrando assim no período mais fecundo da sua vida artística no que diz respeito à maioria das obras que ficaram para a história. Em 1878 faz a sua primeira visita a Itália numa tradição que manteria nos últimos anos da sua vida, evitando grandes hotéis pretendia desta forma descobrir a Itália profunda.

Em 1879 recebe mais um grau Honoris Causa desta vez pela Universidade de Breslau estreando nesse mesmo ano o seu concerto para Violino que como não não poderia deixar de ser foi estreado pelo seu amigo Joachim. O concerto no entanto demorou a afirmar-se, sendo considerado "intocável" ou mesmo "um concerto contra o violino".

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