Este post deveria ser escrito no dia 5 de Abril a data de nascimento (em 1784) de Louis Spohr em Kassel na Alemanha. No entanto para o dia 5 temos um outro aniversário para comemorar (podem tentar adivinhar não é muito difícil) e por isso Spohr fica mesmo com o dia hoje ...
A sua formação começou com o Maestro Dufour que reconhecendo a capacidade musical do jovem recomendou à sua família que o enviasse para Braunschweig para que continuasse a sua formação musical. Aí impressionou tanto o duque Herzog Ferdinand que este o contratou para o seu grupo de música de câmara apesar de na altura Spohr ter apenas 15 anos.
Alguns anos mais tarde sobre a influência do Duque tornou-se aluno de Franz Eck que o acompanhou na sua primeira tournée que o levou até São Petersburgo. Datam também desta altura (1802) as suas primeiras composições incluindo o seu primeiro concerto para Violino.
Entre 1813 e 1815 trabalhou como maestro no teatro de Viena onde se tornou amigo de Beethoven. A partir de 1822 e até à sua morte foi director musical na corte de Kassel a sua cidade natal onde faleceu em 1859.
Spohr foi um compositor bastante prolífico tendo composto mais de 150 obras com opus e uma outra centena não numerada. As suas composições situam-se na fronteira entre o clássico e o romantismo.
Para além de compositor Spohr foi também um notável violinista e professor. Como violinista diz-se que apenas teve paralelo em Paganini e como professor o seu método de ensino fez escola.
No que diz respeito à composição das suas noves sinfonias não existe muita memória com a excepção da sexta dita a "Histórica" que é uma paródia a vários géneros musicais. Porém algumas das suas peças nomeadamente o oitavo concerto para violino que se tornou popular através das interpretações de Heifezt e mais recentemente Hilary Hahn. Podem ouvir aqui uma interpretação deste concerto (prometo que um dia colocarei a da Hilary ou do Heufetz)
No que diz respeito às suas obras vocais, aliás curiosamente Spohr escrevia para Violino como se escrevesse para a voz humana que foi o facto que o levou a escrever também canções as suas Seis Canções (Op. 72). Podem ver aqui uma interpretação de uma dessas seis canções.
Além destas obras os concertos para clarinete e orquestra são também ainda hoje em dia bastantes executados sendo inclusivamente regularmente exigidas como provas de admissão. Pode ver aqui uma parte de um destes concertos.
Spohr tem quatro concertos para clarinete e orquestra. São concertos bastante difíceis a nível técnico, bastante virtuosos. Têm também toda uma expressividade a pender mais para um romantismo do que para um classicismo. Poderia até, por questões estéticas, considerá-lo mais romântico que clássico.
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