Não se abespinhem as leitoras do sexo feminino porque este post é obviamente uma brincadeira. O aviso seria eventualmente desnecessário mas tendo em consideração que no meio electrónico por vezes a ironia e o humor não são percepcionados da mesma forma aqui fica a declaração formal: Este post é uma brincadeira até indicação clara do autor do contrário - há uma ultima parte pedagógica, afinal temos de manter o nível :-).
Circula no Facebook uma deliciosa critica literária a um livro (desconhecido infelizmente - ver o fim deste post) que começo desde já por partilhar:
Ficamos assim a saber que existe um livro que nos indica importantes traços de carácter das senhoras função dos seus gostos musicais. Hoje em dia isto teria de forma geral pouca aplicação prática já que imagino que a maioria dos jovens se vissem confrontados com a ignorância das suas potenciais esposas. Aliás eles próprios teriam dificuldade em conduzir qualquer tipo de experiência porque a ignorância suponho seria simétrica.
Mas reside aqui uma oportunidade de negócio fantástica para os negócios de dating. Estou a imaginar laboratórios onde se pergunte aos candidatos: "Então gosta mais deste extracto musical ou prefere este". E função disso, zap uma qualificação de carácter expresso! Se alguém quiser montar semelhante negócio não se preocupe eu não exigirei nenhuma percentagem ou direito de autor.
Para além desta oportunidade não sei o que prefiro nesta critica. Se a qualificação do segundo paragrafo se a conclusão do critico: "qualidades preferíveis para serem boas esposas" ... que são? Isso sim seria uma revelação muito importante para a nossa juventude - e não só claro está, que estas coisas não têm idade!
Admitindo num acesso de loucura (momentaneamente gostei de Wagner) que estes princípios fisiológicos também se aplicam aos homens fiquem desde já as senhoras a saber que sou bastante frívolo (supondo que o Strauss de que se fala é um dos Strauss das valsas vienenses, porque caso contrário, se for o Richard Strauss então sou totalmente frívolo), saibam também que sofro de alguma ambição momentânea e de iguais momentos de sentimentalismo agudo. Não ignorem que felizmente sou menos pretensioso do que a média, não sei o que é ser estouvado e que raramente tenho acessos de loucura (este post foi uma excepção - as walkirias ressoam neste momento pela casa toda). O pior minhas senhoras e isso tenho de vos confessar neste meu retrato à luz desta brilhante peça literária é que sou totalmente, incondicionalmente e permanentemente impertinente o que fará de mim uma pessoa difícil. Estais avisadas ...
Proponho-vos caros leitores dois desafios: Primeiro que face a este critério nos revelem o vosso carácter. Digam-nos comentando este post qual o vosso grau de frivolidade ou de loucura. Quem sabe se este blog não poderá encontrar uma nova vocação :-). Não se escondam e revelem-nos tudo, eu já comecei por isso não têm desculpa. Melhor ainda e este é o segundo desafio se as vossas preferências forem para um qualquer outro autor clássico não hesitem em dizer-nos e em qualificá-lo, por exemplo eu diria que quem gosta de Bach é certamente uma pessoa serena.
Por fim devo confessar que estive à procura no arquivo digital da Biblioteca Nacional alguma referência a esta obra mas infelizmente a ausência de autor ou a incerteza no título dificultam um pouco as coisas. Se alguém tiver mais experiência nesse tipo de pesquisa e queira encontrar esta obra completa seria muito engraçado e agradeceria a partilha.
Prometi uma parte pedagógica e séria neste post e por isso resta-me obviamente dizer-vos que existem efectivamente estudos sérios sobre fisiologia musical nomeadamente (mas não apenas) na utilização da música como forma de investigação de determinados aspectos do funcionamento do sistema neuronal ou ainda na relação entre a música e algumas perturbações neurológicas ou ainda na utilização da música como forma terapêutica só para citar alguns exemplos.