Desta vez foi de propósito ... A madrugada de 24 para 25 de Abril ficou destinada a outras músicas. Aqui ficam algumas recomendações para os próximos dois dias (sábado e domingo).
Em primeiro lugar uma recomendação que nos chega do Orfeão da Feira. É outro tipo de música, (Jazz) mas vale com certeza a visita tanto mais que a entrada é livre. Dia 26 de Abril às 22h no Centro de Cultura e Recreio do Orfeão da Feira (Rua Condes de Fijó - Santa Maria da Feira). Tel: 256 363 430. Tlmv: 918 616 400. e-mail: orfeaodafeira@gmail.com.
Depois começando pelo sul tenho de começar por um ENORME pedido de desculpa aos algarvios e a quem poderia ter ido ontem à Igreja Imaculado Coração de Maria em Altura (Castro Marim) (21h30) e hoje à Igreja Matriz de Aljezur (16h00). Perderam dois concertos por Ivan Monighetti que tive a sorte de ouvir há dois anos em Viana do Castelo no concerto para Violoncelo e orquestra de Shostakovich. Não sei como é que é a tocar Bach, mas a interpretação de Shostakovich é fabulosa não fosse ele o ultimo dos alunos de Rostropovich. Desculpem-me mesmo ...
Para que não volte a acontecer em Lagos fica já a recomendação para o próximo dia 3 de Maio. A não perder mesmo o Coral Vértice às 18.30, na Igreja de Santo António. Sob a direcção do maestro Sérgio Fontão, serão interpretadas obras de Palestrina, Victoria e Gaspar Fernandes, entre outros compositores renascentistas. Este concerto integra a programação da Feira Quinhentista do V Festival dos Descobrimentos, que decorre na cidade algarvia entre 24 de Abril e 4 de Maio. Voltarei a lembrar-vos para a semana. Mais informações no blog do coral que vai já para a lista dos nossos preferidos.
Em Portalegre, cidade do Alto Alentejo cercada por montes e vales, oliveiras e sobreiros ( :-)), cidade onde não sofrerão se forem ouvir no dia 26 Abril às 17h30 no Convento de Santa Clara o Concerto pela Orquestra de Cordas do Conservatório Regional de Évora sobre a direcção de Luís Rufo.
Em Lisboa Lara Martins e João Paulo Santos estarão no Auditório Municipal Ruy de Carvalho (Carnaxide) num recital de canto e piano no dia 27 de Abril às 16h.Entrada Livre e com obras do período romântico que começamos a percorrer ... Mendelssohn e Schumann.
No Porto temos um mini-festival apropriadamente intitulado "Música e Revolução" de que nos dá conta o blog Arte no Tempo. Na Casa da Música no dia 25 de Abril às 21:00,Remix Ensemble e a Orquestra Nacional do Porto. No dia 26 às 18h e no dia 27 também às 18h dois outros concertos. Não são propriamente obras "fáceis" mas se puderem o programa é excelente.
A única música que precisa de embalagem é a música de plástico.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Chopin - Estudo "Revolucionário"
Para terminar o dia de hoje, 25 de Abril de 2008 e continuando com Chopin só poderíamos para fechar este dia terminar com o estudo nº 12 Opus 10 "Revolutionaire" com o nosso já conhecido Sviatoslav Richter que poderão ouvir aqui.
"Se tu m'ami, se sospiri" supostamente de Pergolesi
Voltamos por instantes ao Barroco. Na verdade perguntava-me a Agnes, uma nossa leitora, sobre esta obra que se encontra muitas vezes identificada como sendo de Pergolesi.
Na verdade esta obra apesar de ser muitas vezes lhe ser atribuída é mais provável ser da autoria de Alessandro Parisotti (1853-1913) como por exemplo se pode encontrar referido na minha referência para estes casos, a enciclopédia Grove Music. Por vezes também atribuída erradamente a Vivaldi.
Não faz parte de nenhuma ópera e como lhe disse é da autoria de Parisotti apesar de na maioria dos sites ir encontrar a referência a Pergolesi. Como acontecia muitas vezes no século XIX este facto deveu-se a Parisotti ter incluído num livro que publicou (Arie antiche: ad una voce per canto e pianoforte que rapidamente se tornou uma referência no ensino) esta aria atribuindo-a a Pergolesi (quando na verdade lhe pertencia).
Para ouvirem esta aria, belíssima de qualquer forma, recomendo a Cecilia Bartoli aqui.
Na verdade esta obra apesar de ser muitas vezes lhe ser atribuída é mais provável ser da autoria de Alessandro Parisotti (1853-1913) como por exemplo se pode encontrar referido na minha referência para estes casos, a enciclopédia Grove Music. Por vezes também atribuída erradamente a Vivaldi.
Não faz parte de nenhuma ópera e como lhe disse é da autoria de Parisotti apesar de na maioria dos sites ir encontrar a referência a Pergolesi. Como acontecia muitas vezes no século XIX este facto deveu-se a Parisotti ter incluído num livro que publicou (Arie antiche: ad una voce per canto e pianoforte que rapidamente se tornou uma referência no ensino) esta aria atribuindo-a a Pergolesi (quando na verdade lhe pertencia).
Para ouvirem esta aria, belíssima de qualquer forma, recomendo a Cecilia Bartoli aqui.
Houvesse (ou não) Internet em 1974 ...
E estaríamos agora (quase) a começar a festejar o início da Liberdade. Há muitos que se interrogam se terá valido o esforço. Outros que recordam os dias passados e criticam os erros e os excessos cometidos. Não vou argumentar aqui nem a favor de uns nem de outros.
Para mim o 25 de Abril, tinha 9 anos na altura e estava na quarta classe significa a liberdade. Eu tenho família em França e lembro-me como Portugal era visto na altura e garanto-vos que visto de fora a imagem não era propriamente brilhante.
Quando a minha mãe que tinha conhecido o meu pai aqui em Portugal disse ao meu avô que se queria casar com um português a reacção foi a que podem imaginar ... Lembro-me ainda que vagamente dos fragmentos de conversa que apanhava com os meus 6/7 anos e que não percebia na totalidade, conversas sobre a guerra e sobre o que me iria acontecer quando tivesse 18 anos.
Lembro-me também das lágrimas da minha mãe quando o meu pai foi para a Guiné ... Lembro-me do suficiente para vos dizer que tudo isso não quero nunca mais. Não quero para mim, não quero para o meu filho ....
E apesar de todos os erros ouvi o outro dia na rádio uma velha canção do John Lennon e dos Beatles que me recordou que fizemos tudo isto praticamente sem violência ... Fiquem com Revolution dos Beatles no meu ultimo post sobre o 25 de Abril. Estava a escrever este post e o meu filho veio perguntar-me porque escolhia uma música inglesa e não uma portuguesa.
Expliquei-lhe que haveria muitas portuguesas que poderia escolher mas em nenhuma encontro a sintonia perfeita com o mais importante para mim nesta canção dos Beatles. A paz. O desejo de mudança que começa pelo interior de nós. Sem violência.
Numa altura em que, para quem navega pela net como eu por vários quadrantes, porque gosto de ouvir e ler as opiniões de todos, se começa a valorizar a necessidade de confronto é para mim fundamental continuar a dizer que a paz, a não violência deve ser a nossa principal prioridade. Paz.
25 de Abril, Sempre !
Mais música clássica segue dentro de momentos ... (uma das outras frases de que me lembro da RTP ... pedimos desculpa por esta interrupção :-) )
Para mim o 25 de Abril, tinha 9 anos na altura e estava na quarta classe significa a liberdade. Eu tenho família em França e lembro-me como Portugal era visto na altura e garanto-vos que visto de fora a imagem não era propriamente brilhante.
Quando a minha mãe que tinha conhecido o meu pai aqui em Portugal disse ao meu avô que se queria casar com um português a reacção foi a que podem imaginar ... Lembro-me ainda que vagamente dos fragmentos de conversa que apanhava com os meus 6/7 anos e que não percebia na totalidade, conversas sobre a guerra e sobre o que me iria acontecer quando tivesse 18 anos.
Lembro-me também das lágrimas da minha mãe quando o meu pai foi para a Guiné ... Lembro-me do suficiente para vos dizer que tudo isso não quero nunca mais. Não quero para mim, não quero para o meu filho ....
E apesar de todos os erros ouvi o outro dia na rádio uma velha canção do John Lennon e dos Beatles que me recordou que fizemos tudo isto praticamente sem violência ... Fiquem com Revolution dos Beatles no meu ultimo post sobre o 25 de Abril. Estava a escrever este post e o meu filho veio perguntar-me porque escolhia uma música inglesa e não uma portuguesa.
Expliquei-lhe que haveria muitas portuguesas que poderia escolher mas em nenhuma encontro a sintonia perfeita com o mais importante para mim nesta canção dos Beatles. A paz. O desejo de mudança que começa pelo interior de nós. Sem violência.
Numa altura em que, para quem navega pela net como eu por vários quadrantes, porque gosto de ouvir e ler as opiniões de todos, se começa a valorizar a necessidade de confronto é para mim fundamental continuar a dizer que a paz, a não violência deve ser a nossa principal prioridade. Paz.
25 de Abril, Sempre !
Mais música clássica segue dentro de momentos ... (uma das outras frases de que me lembro da RTP ... pedimos desculpa por esta interrupção :-) )
Houvesse Internet em 1974 ...
Ás 04:20, exactamente a esta hora poderíamos ouvir este discurso retirado de um dos blogs que costumo visitar ... O Cheiro da Ilha
"Aqui Posto de Comando das Forças Armadas
As Forças Armadas portuguesas apelam para todos os habitantes da cidade de Lisboa no sentido de recolherem a suas casas, nas quais se devem manter com a máxima calma.
Esperamos sinceramente que a gravidade da hora que vivemos não seja tristemente assinalada por qualquer acidente pessoal, para o que apelamos para o bom senso do Comando das Forças Militares no sentido de serem evitados quaisquer confrontos com as Forças Armadas.
Tal confronto, além de desnecessário, só poderá conduzir a sérios prejuízos individuais, que enlutariam e criariam divisões entre portugueses, o que há que evitar a todo o custo.
Não obstante a expressa preocupação de não fazer correr a mínima gota de sangue de qualquer português, apelamos para o espírito cívico e profissional da classe médica, esperando a sua acorrência aos hospitais, a fim de prestar a sua eventual colaboração, que se deseja sinceramente desnecessária."
(Lido por Luís Filipe Costa)
(Rádio Clube Português)
25 de Abril, Sempre !
"Aqui Posto de Comando das Forças Armadas
As Forças Armadas portuguesas apelam para todos os habitantes da cidade de Lisboa no sentido de recolherem a suas casas, nas quais se devem manter com a máxima calma.
Esperamos sinceramente que a gravidade da hora que vivemos não seja tristemente assinalada por qualquer acidente pessoal, para o que apelamos para o bom senso do Comando das Forças Militares no sentido de serem evitados quaisquer confrontos com as Forças Armadas.
Tal confronto, além de desnecessário, só poderá conduzir a sérios prejuízos individuais, que enlutariam e criariam divisões entre portugueses, o que há que evitar a todo o custo.
Não obstante a expressa preocupação de não fazer correr a mínima gota de sangue de qualquer português, apelamos para o espírito cívico e profissional da classe médica, esperando a sua acorrência aos hospitais, a fim de prestar a sua eventual colaboração, que se deseja sinceramente desnecessária."
(Lido por Luís Filipe Costa)
(Rádio Clube Português)
25 de Abril, Sempre !
Houvesse Internet em 1974 ...
E às 00:20 do dia 25 teríamos um outro post como este ... Grândola Vila Morena e José Afonso.
25 de Abril sempre!
25 de Abril sempre!
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