Oh meus amigos, como vos hei-de dizer isto?
Há uns dias atrás publiquei esta noticia, o post tem estado aqui em destaque no canto superior esquerdo e ainda não conseguimos chegar ao objectivo fixado? Qualquer donativo de qualquer valor é bom e é aceite com um grande obrigado. Neste momento os nossos amigos estão com 46 apoiantes e 62% do investimento solicitado correspondente ao total de €930 angariados de um total de €1.500.
Não vou discutir o valor em falta mas o número de apoiantes é que me parece reduzido para o mérito da iniciativa. Prescindam de um bolo e de um café e vamos todos ajudar. Têm ainda 25 dias para se decidirem. Espero voltar aqui dentro de uns dias para vos dizer que conseguimos chegar ao objectivo!
A única música que precisa de embalagem é a música de plástico.
domingo, 10 de março de 2013
Trios de Dvorak e Schostakovich
No passado dia 23 de Fevereiro fui ouvir na ESML um recital com um trio de excelentes músicos portugueses que interpretaram uma obra que conheço relativamente bem e uma outra que sinceramente foi uma excelente surpresa. Infelizmente apenas hoje consegui terminar este post.
O trio era constituído por Alexandra Mendes (Violino), Clélia Vital (Violoncelo), Paulo Pacheco (Piano). Uma primeira nota para referir a pena que me dá ouvir tão bons músicos, numa sala perfeita e com tão pouco público, ainda por cima tratando-se de um concerto com entrada gratuita. Não há desculpa meus caros amigos, não há desculpa. Na verdade ficou a perder quem não foi porque como sempre vos digo a música ao vivo é sempre outra coisa.
Começando pela obra mais conhecida (a segunda a ser interpretada no recital), o Trio Dumky Op. 90 de Dvorak uma das suas composições mais interpretadas e sem dúvida um bom exemplo de música de câmara que não é baseada na forma de Sonata. Na verdade nesta obra Dvorak optou por uma forma bastante livre inspirada numa forma eslava de canção chamada "dumka" e simplesmente juntou seis destas canções. Numa altura em que a forma quase unânime de música de câmara se baseava na forma de 4 andamentos, rápido-lento-scherzo-final esta obra só pela forma foi uma pequena revolução. Dissemos seis canções mas então como evitar a monotonia? Bem simplesmente porque embora todas partilhando um mesmo carácter cada uma contém elementos contrastantes quer na tonalidade quer no ritmo. Esta obra foi estreada em Praga a 11 de Abril de 1891. Para vos ilustrar o que ouvi escolhi uma interpretação de um trio fabuloso com Oistrackh no violino, Lev Oborin no Piano e Knushetvski no Violoncelo uma gravação de 1951.
A segunda obra que ouvi e que sinceramente foi uma estreia para mim foi o trio nº 1 Op. 8 de Schostakovich. Uma obra de 1923 quando Schostakovich tinha apenas 17 anos e estava então a recuperar da tuberculose no Mar Cáspio. Dedicada a uma paixão do momento (e que se manteve por mais alguns anos), uma obra totalmente neo-romântica e que embora aparentemente desconexa apresenta uma unidade em termos de composição que surpreendeu os professores do compositor. Para ilustrar esta obra escolhi uma interpretação com Lily Maisky (piano) Alissa Margulis (violino) e Mischa Maisky (violoncelo). Uma obra que não conhecia, uma excelente surpresa.
O trio era constituído por Alexandra Mendes (Violino), Clélia Vital (Violoncelo), Paulo Pacheco (Piano). Uma primeira nota para referir a pena que me dá ouvir tão bons músicos, numa sala perfeita e com tão pouco público, ainda por cima tratando-se de um concerto com entrada gratuita. Não há desculpa meus caros amigos, não há desculpa. Na verdade ficou a perder quem não foi porque como sempre vos digo a música ao vivo é sempre outra coisa.
Começando pela obra mais conhecida (a segunda a ser interpretada no recital), o Trio Dumky Op. 90 de Dvorak uma das suas composições mais interpretadas e sem dúvida um bom exemplo de música de câmara que não é baseada na forma de Sonata. Na verdade nesta obra Dvorak optou por uma forma bastante livre inspirada numa forma eslava de canção chamada "dumka" e simplesmente juntou seis destas canções. Numa altura em que a forma quase unânime de música de câmara se baseava na forma de 4 andamentos, rápido-lento-scherzo-final esta obra só pela forma foi uma pequena revolução. Dissemos seis canções mas então como evitar a monotonia? Bem simplesmente porque embora todas partilhando um mesmo carácter cada uma contém elementos contrastantes quer na tonalidade quer no ritmo. Esta obra foi estreada em Praga a 11 de Abril de 1891. Para vos ilustrar o que ouvi escolhi uma interpretação de um trio fabuloso com Oistrackh no violino, Lev Oborin no Piano e Knushetvski no Violoncelo uma gravação de 1951.
A segunda obra que ouvi e que sinceramente foi uma estreia para mim foi o trio nº 1 Op. 8 de Schostakovich. Uma obra de 1923 quando Schostakovich tinha apenas 17 anos e estava então a recuperar da tuberculose no Mar Cáspio. Dedicada a uma paixão do momento (e que se manteve por mais alguns anos), uma obra totalmente neo-romântica e que embora aparentemente desconexa apresenta uma unidade em termos de composição que surpreendeu os professores do compositor. Para ilustrar esta obra escolhi uma interpretação com Lily Maisky (piano) Alissa Margulis (violino) e Mischa Maisky (violoncelo). Uma obra que não conhecia, uma excelente surpresa.
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