Esta é a quarte parte da nossa história sobre Guilhermina Suggia. Pode ler a terceira parte aqui.
Desconhece-se a razão pela qual Guilhermina escolheu Londres. Não tinha especial fama em Inglaterra, se excluirmos Tovey (a eventual causa da separação com Casals não se conhecem amigos) e logo esta escolha parece muito mais revelar do acaso do que de uma decisão muito racional.
Facto é que passada uma década Guilhermina era já uma das mulheres mais conhecidas no circulo musical e mesmo intelectual britânico. Infelizmente Guilhermina não tinha por hábito manter um registo detalhado dos vários concertos que fazia e por isso é relativamente dificil saber com exactidão os concertos que concretizou durante esses anos.
Data dessa época o mais famoso retrato de Suggia do pintor Augustus John (1878-1961) e que é especialmente notável por ter conseguido retratar de forma notável o espírito da interprete que tinha uma postura notável em público transmitindo de forma integral a forma como sentia a música. A fama deste quadro na época transcendia e precedia a da própria interprete; muitas vezes o público conhecia o quadro antes de conhecer a artista.
Depois de uma década de intensa actividade Suggia abranda entre 1925 e 1935 e depois durante a guerra voltando a Portugal suspendendo mesmo a sua actividade entre 1939 e 1942.