quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Violinists are ... Hot

A página do Facebook da revista Strings chamou-nos a atenção para um caso interessante na pesquisa do Google, mais precisamente no auto-preenchimento da pesquisa. Assim aparentemente há muitos que acham (na língua de Shakespeare isto é) que os violinistas são "hot"


Infelizmente tenho de avisar que a "receita" não funciona em português porque se pesquisarmos por "Violinistas são" a sugestão do Google enfim ... são Paulo? Há uma esperança em "maiores do mundo" mas ainda assim fica aquém do "hot"



Pior ainda na língua universal da paixão ou seja em Francês não obtemos melhores resultados. Ao primeiro "s" de "sont" somos presenteados com "solistas" ou "russos" ou "sérvios" ...


Conclusão e Corolário: Violinistas deste mundo desembarcai alegremente nos países anglo-saxónicos que por lá a vossa classe tem uma reputação interessante. Por terras lusas e francesas bem sempre podem optar pela carreira eclesiástica (o são Paulo é sem dúvida um sinal) e por terras francesas que tal uma mudança de nacionalidade, entre Russo e Sérvio iriam aproximar-se da vossa reputação ...

Este blog apoia o ensino de música nas escolas, OBVIAMENTE ...

Obviamente apoiamos. Obviamente não se trata de um currículo menor ou algo que apenas deva ser ensinado a quem pretenda seguir uma carreira musical da mesma maneira que não se deve apenas ensinar matemática aos engenheiros e homens de ciência ou português aos potenciais escritores. Exactamente da mesma maneira.

Quem pretende dar importância relativa diferente às disciplinas em níveis básicos e complementares do ensino pelo menos (ênfase no pelo menos voluntária) até aos 15 anos está a cometer um erro crasso. Até essa idade devem cultivar-se igualmente no meu entender todas, absolutamente todas porque digo-vos que se as competências nas línguas são fundamentais, se o domínio básico da matemática é indispensável a sensibilidade às artes (e já agora à importância da Educação Física) é igualmente importante. E repito a palavra IGUALMENTE em maiúsculas propositadamente.

Há muito tempo, muitos anos para criar especialistas e se querem que vos diga penso sinceramente que nos nossos dias exageramos nessa especialização que em ultima análise prejudica a evolução harmoniosa da nossa espécie porque nos fecha em casulos e nos limita a uma visão demasiado estreita da realidade. Passamos a olhar para o mundo por uma fresta e todos sabemos no que isso dá, literalmente, não é uma metáfora.

Sim custa dinheiro. Sim significa prescindir de horas que poderiam ser utilizadas em outras matérias. Sim, absolutamente. Mas são horas bem investidas em abrir o espírito e nada é mais importante do que isso. Nada é mais fundamental do que isso. Nada é mais educativo do que isso, no verdadeiro significado da palavra educação.

Por isso música, educação visual, educação física, ... absolutamente todas apoiados. Até porque aposto que  as horas de português e de matemática serão bem mais produtivas.

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