Representação no teatro da Cornucópia |
A obra foi estreada em Lausanne a 28 de Setembro desse mesmo ano tendo sido dedicada a Werner Reinhart filantropo Suiço grande apoiante de Stravinsky e diz-se responsável pelo facto da opereta ter duas versões para ensembles . A primeira para um trio pouca vezes interpretada mas a primeira a ser composta precisamente para piano, violino e clarinete o que poderá ser um piscar de olho adicional a Werner ele próprio um excelente clarinetista amador. Esta primeira suite em 5 partes foi estreada em 1919. A segunda suite muito mais próxima do original data de 1920.
A história é muito interessante já que o regresso do soldado a casa é interrompido pelo Diabo (garantia de uma história pelo menos movimentada) que o convence a trocar o seu violino (a sua alma) pelo livro onde está escrito o futuro (representando o materialismo).
Esta obra é como todas as que estão nesta lista uma excelente forma de introdução à música clássica neste caso de um compositor relativamente recente (já sei que se utilizo a palavra contemporâneo vamos ter polémico) e se puderem assistir a uma versão representada recomendo fortemente para uma sessão passada em família (para maiores de 6 anos diria) já que a duração - aproximadamente uma hora é conveniente para esse efeito.
Não podendo aqui fica uma versão completa.
E a moral da história? Bem felizmente o autor esclarece as coisas ...
Il ne faut pas vouloir ajouter
A ce qu'on a ce qu'on avait,
On ne peut pas être à la fois
Qui on est et qui on était
Il faut savoir choisir;
On n'a pas le droit de tout avoir:
C'est défendu. Un bonheur est tout le bonheur;
Deux, c'est comme s'ils n'existaient plus.
Numa tradução aproximada fica assim:
Não devemos querer juntar
ao que temos aquilo que tínhamos
Não podemos ser em simultâneo
o que somos e o que eramos
Temos de saber escolher
Não temos o direito de tudo ter
É proíbido. Uma felicidade é toda a felicidade
Duas é como se não existissem.