Espero que o Miguel Vasconcelos esteja bem! rsrrs Conheço uma outra história que não terminou como a sua. Um amigo meu queria por o nome Martim ao filho: Não pôs. Imagine o apelido do meu amigo...
É sempre um prazer vir aqui e recebê-lo lá! (Ah! como já deve ter percebido, "aproveito" bastante as suas sugestões e ensinamentos")"
A 3 de Dezembro apaguei inadvertidamente um comentário da Ematejoca que nos dizia : "Eu votei no Glenn Gould e estou muito satisfeita, que ele tenha ganho. Ele é para mim o maior pianista de todos os tempos, quando toca Bach. A Maria Joao Pires é a minha pianista para Chopin ou mesmo Mozart. Fernando, penso que o seu compositor preferido é Bach. Acertei?!!! Saudacoes de um D´dorf cinzento em cinzento. " Como respondi na altura devo confessar que não. Bach não é o meu preferido embora esteja no top 3. Beethoven sempre está claro será o meu preferido. A 6 de Dezembro dizia a propósito de Glenn Gould: "Sou uma leiga em questoes de música, contudo sinto-me no céu, quando o Glenn Gould interpreta as Variações Goldberg.
Que maravilha!". A 13 de Dezembro voltava a comentar sobre Glenn Gould (embora fosse outro post) : "...como Gould via a sua arte, sem compromissos, com uma interpretação própria das intenções do autor, sem submissão aos canons estabelecidos mas sempre com seriedade." Era exactamente isso, que fazia dele um artista por excelencia! Que o Glenn Gould no auge da sua carreira terminassem com as actuações ao vivo, nao acredito que seja só por ele achar ...que a experiência de audição ideal era na gravação. Pensava que o público ao vivo e o aplauso eram formas pouco fiáveis e que conduziriam rapidamente à descaracterização da arte." Penso sim, que tem haver com a sua maneira de ser. Vi um filme sobre ele, onde o mostravam introvertido e hipocondríaco. Na minha opiniao, ele nunca gostou de se expor ao público." Amanha vou a Wuppertal a assistir a mais um Concerto de Advento. Há alguma coisa por Lisboa ou o Porto? Saudações natalícias de D´dorf!"
Que maravilha!". A 13 de Dezembro voltava a comentar sobre Glenn Gould (embora fosse outro post) : "...como Gould via a sua arte, sem compromissos, com uma interpretação própria das intenções do autor, sem submissão aos canons estabelecidos mas sempre com seriedade." Era exactamente isso, que fazia dele um artista por excelencia! Que o Glenn Gould no auge da sua carreira terminassem com as actuações ao vivo, nao acredito que seja só por ele achar ...que a experiência de audição ideal era na gravação. Pensava que o público ao vivo e o aplauso eram formas pouco fiáveis e que conduziriam rapidamente à descaracterização da arte." Penso sim, que tem haver com a sua maneira de ser. Vi um filme sobre ele, onde o mostravam introvertido e hipocondríaco. Na minha opiniao, ele nunca gostou de se expor ao público." Amanha vou a Wuppertal a assistir a mais um Concerto de Advento. Há alguma coisa por Lisboa ou o Porto? Saudações natalícias de D´dorf!"
A 4 de Dezembro estalou uma polémica musical. Talvez tenha sido o post que mais controvérsia gerou com uma elevada e conhecedora argumentação. Tratava-se do post em que tentávamos explicar o que é o Cravo bem temperado (não, não é uma receita de cozinha em que se utiliza a flor do mesmo nome :-)). Dizia então o nosso leitor João Luís Torres Prada e Silva "Uma opinião pessoal: sou dos que são a favor das interpretações do Wohl Temperiert Klavier ao cravo, ao invés de ao piano. Embora a indicação "teclado" (Klavier) no título original da obra seja genérica, é mais razoável supor que o Mestre as tenha composto para o cravo, instrumento que dominava perfeitamente, ao invés do ainda incipiente pianoforte. O Mestre teria decerto em mente a sonoridade do cravo ao escrever os 48 prelúdios e fugas." complementado umas horas mais tarde: "Além de Antal Dorati (este grande húngaro que gravou com a Royal Philharmonic as mais espetaculares Danças Eslavas de Dvořák que já ouvi), do grande operista italiano Ino Savini e do germânico Hans Swarowsky, faltaram também na lista de grande maestros Thomas Schippers (que transformou a Sinfônica de Cincinatti numa das melhores orquestras estadunidenses da sua época), o tcheco Vávlav Neumann (muito respeitado) e, quem sabe, o inglês Sir Christopher Hogwood, da Academy of Ancient Music." respondeu então o nosso especialista residente Pianoman a este raciocinio: "Caro João Luís: gostaria de acrescentar ainda algo ao seu raciocínio: Não nos podemos limitar ao Cravo para a interpretação desta obra (WTK). No tempo de Bach havia outros "teclados" muito em voga, como era o caso do Clavicórdio (importantíssimo) e do Órgão. Bach também chegou a conhecer o ainda recém-nascido pianoforte (de Silbermann) e, ao que parece, gostou, embora tenha feito alguns reparos.
Não é por isso de descartar a hipótese de o WTK ter sido composto para qualquer um destes instrumentos (obviamente o pianoforte só poderia ter sido levado em conta para o 2º caderno).
Há uma gravação muito interessante de Daniel Chorzempa em que ele interpreta o WTK 1 e 2 nestes 4 instrumentos: Cravo, Clavicórdio, Órgão e Pianoforte. Para mim faz todo o sentido, pois quem conhece a obra, pode verificar que há Prelúdios e Fugas com texturas mais aproximadas de um instrumento ou de outro." Ao que respondia José Luis: "Caro Pianoman: de fato o cravo não era o único instrumento de teclado na primeira metade do XVIII, mas o Mestre compunha essencialmente para órgão e para cravo. As obras para órgão são em geral indicadas como tal. Havia também o clavicórdio, e é conhecido o encontro do Mestre com o pianoforte, mas a mim me parece pouco provável que ele tenha se inspirado naquela sonoridade para o WTK, mesmo para o 2º livro. Entendo o amor dos pianistas pelo pianoforte, quem sou eu para recriminá-los por assim interpretar o Mestre? Apenas adoto a opinião que quando ele usava o termo Klavier, queria dizer cravo. Não conheço ainda a gravação quádrupla por si mencionada, mas, particularmente, percebo mais sonoridade clavecenística do que pianística nas obras para "Klavier" do Mestre. Vou ver se acho a gravação. Abraço." Pianoman não deixou de manifestar no entanto a sua discordância quando ao significado do termo Klavier. Dizia então "Caro João Luís: permita-me, cordialmente, discordar em relação ao significado do termo "Klavier" (no tempo de Bach, escrito "Clavier").
É do meu conhecimento que esse termo era utilizado quando se referia a todos os instrumentos de tecla, ou seja, cravo e clavicórdio (estes mais frequentemente), mas também o órgão, como aliás o meu caro amigo refere no seu 1º comentário, nomeadamente com a utilização da palavra "genérica". Quero referir também que Bach foi um dos maiores organistas do seu tempo."
Nesse ponto da conversa juntou-se um anónimo (infelizmente porque nesta conversa gostaria de ter a identificação do leitor, até porque quando se fala com elevação como foi o caso não há que recear manifestar a opinião), mas dizia esse anónimo : "Não pude deixar de reparar; o cravo bem-temperado não é mais do que o cravo com a afinação dentro dos parâmetros previstos. chamava-se temperamento ao timbre que uma certa afinação conferia ao cravo. Quando diz Cravo bem temperado não se pode subentender a obra mas sim o instrumento... Já o Livro do Cravo Bem Temperado, o antigo testamento da música para teclado, como lhe chamou Von Bülow, são as míticas obras de prelúdio e fuga sobre os 12 tons e semitons.
Bach concebeu esta obra como didáctica, e durante vários anos foi com esse teor que foi classificada. Bach pretendia também provar que certas tonalidades que eram mais insólitas podiam servir para fazer boa música também! Parabéns pelo blog, sou assíduo e gosto muito das recomendações de 5ª, já segui várias". Pianoman não deixou no entanto também de responder: "Senhor Anónimo: venho apenas comentar algumas imprecisões que fez. O temperamento não é o timbre, mas sim uma categoria de afinação. A tradução usada ainda hoje em dia em Portugal de Das Wohltemperirte Clavier é O Cravo Bem-Temperado. Bem ou mal traduzido (quanto a mim, mal), refere-se à obra, ou como diz, ao Livro, pelo menos no contexto que eu e o João Luís o utilizámos (até pela sigla WTK). Nunca se subentenderia o instrumento Cravo. Os Prelúdios e Fugas, podem ser realmente míticos, mas não são 12, e muito menos sobre tons e semitons, pois tons e semitons são intervalos. São sim 24 em cada Caderno (Livro, Volume), ou seja, um prelúdio e fuga por volume em cada tonalidade existente, perfazendo assim um total de 48. O que Bach pretendia provar é que com esta afinação relativamente recente na altura, era possível tocar em todas as tonalidades sem ter que mudar a afinação do instrumento entre cada peça, o que não se passava com as afinações antigas (não-temperadas). Cumprimentos ". Nesta conversa há ainda que registar o trocadilho de mdsol que não resistiu a dizer-nos : "[não resisto ao trocadilho fácil.... desculpe-me que este blog é de sério serviço público!
Se há cravos bem temperados também há cravos que temperam muito bem!] :))))"
Depois da longa conversa anterior dizia-nos Pianoman a propósito de um post sobre Glen Gould : "Para quem tem interesse em gravações raras de G. Gould pode ouvir AQUI algumas das primeiras gravações que se conhecem deste extraordinário pianista. A mais antiga é de 1947, quando Gould tinha, portanto, cerca de 15 anos. A qualidade do áudio não é muito boa, mas tem ainda a curiosidade suplementar de se poder ouvir Gould a tocar a 4 mãos com o seu Professor, Alberto Guerrero."
Não é por isso de descartar a hipótese de o WTK ter sido composto para qualquer um destes instrumentos (obviamente o pianoforte só poderia ter sido levado em conta para o 2º caderno).
Há uma gravação muito interessante de Daniel Chorzempa em que ele interpreta o WTK 1 e 2 nestes 4 instrumentos: Cravo, Clavicórdio, Órgão e Pianoforte. Para mim faz todo o sentido, pois quem conhece a obra, pode verificar que há Prelúdios e Fugas com texturas mais aproximadas de um instrumento ou de outro." Ao que respondia José Luis: "Caro Pianoman: de fato o cravo não era o único instrumento de teclado na primeira metade do XVIII, mas o Mestre compunha essencialmente para órgão e para cravo. As obras para órgão são em geral indicadas como tal. Havia também o clavicórdio, e é conhecido o encontro do Mestre com o pianoforte, mas a mim me parece pouco provável que ele tenha se inspirado naquela sonoridade para o WTK, mesmo para o 2º livro. Entendo o amor dos pianistas pelo pianoforte, quem sou eu para recriminá-los por assim interpretar o Mestre? Apenas adoto a opinião que quando ele usava o termo Klavier, queria dizer cravo. Não conheço ainda a gravação quádrupla por si mencionada, mas, particularmente, percebo mais sonoridade clavecenística do que pianística nas obras para "Klavier" do Mestre. Vou ver se acho a gravação. Abraço." Pianoman não deixou de manifestar no entanto a sua discordância quando ao significado do termo Klavier. Dizia então "Caro João Luís: permita-me, cordialmente, discordar em relação ao significado do termo "Klavier" (no tempo de Bach, escrito "Clavier").
É do meu conhecimento que esse termo era utilizado quando se referia a todos os instrumentos de tecla, ou seja, cravo e clavicórdio (estes mais frequentemente), mas também o órgão, como aliás o meu caro amigo refere no seu 1º comentário, nomeadamente com a utilização da palavra "genérica". Quero referir também que Bach foi um dos maiores organistas do seu tempo."
Nesse ponto da conversa juntou-se um anónimo (infelizmente porque nesta conversa gostaria de ter a identificação do leitor, até porque quando se fala com elevação como foi o caso não há que recear manifestar a opinião), mas dizia esse anónimo : "Não pude deixar de reparar; o cravo bem-temperado não é mais do que o cravo com a afinação dentro dos parâmetros previstos. chamava-se temperamento ao timbre que uma certa afinação conferia ao cravo. Quando diz Cravo bem temperado não se pode subentender a obra mas sim o instrumento... Já o Livro do Cravo Bem Temperado, o antigo testamento da música para teclado, como lhe chamou Von Bülow, são as míticas obras de prelúdio e fuga sobre os 12 tons e semitons.
Bach concebeu esta obra como didáctica, e durante vários anos foi com esse teor que foi classificada. Bach pretendia também provar que certas tonalidades que eram mais insólitas podiam servir para fazer boa música também! Parabéns pelo blog, sou assíduo e gosto muito das recomendações de 5ª, já segui várias". Pianoman não deixou no entanto também de responder: "Senhor Anónimo: venho apenas comentar algumas imprecisões que fez. O temperamento não é o timbre, mas sim uma categoria de afinação. A tradução usada ainda hoje em dia em Portugal de Das Wohltemperirte Clavier é O Cravo Bem-Temperado. Bem ou mal traduzido (quanto a mim, mal), refere-se à obra, ou como diz, ao Livro, pelo menos no contexto que eu e o João Luís o utilizámos (até pela sigla WTK). Nunca se subentenderia o instrumento Cravo. Os Prelúdios e Fugas, podem ser realmente míticos, mas não são 12, e muito menos sobre tons e semitons, pois tons e semitons são intervalos. São sim 24 em cada Caderno (Livro, Volume), ou seja, um prelúdio e fuga por volume em cada tonalidade existente, perfazendo assim um total de 48. O que Bach pretendia provar é que com esta afinação relativamente recente na altura, era possível tocar em todas as tonalidades sem ter que mudar a afinação do instrumento entre cada peça, o que não se passava com as afinações antigas (não-temperadas). Cumprimentos ". Nesta conversa há ainda que registar o trocadilho de mdsol que não resistiu a dizer-nos : "[não resisto ao trocadilho fácil.... desculpe-me que este blog é de sério serviço público!
Se há cravos bem temperados também há cravos que temperam muito bem!] :))))"
Depois da longa conversa anterior dizia-nos Pianoman a propósito de um post sobre Glen Gould : "Para quem tem interesse em gravações raras de G. Gould pode ouvir AQUI algumas das primeiras gravações que se conhecem deste extraordinário pianista. A mais antiga é de 1947, quando Gould tinha, portanto, cerca de 15 anos. A qualidade do áudio não é muito boa, mas tem ainda a curiosidade suplementar de se poder ouvir Gould a tocar a 4 mãos com o seu Professor, Alberto Guerrero."
A 9 de Dezembro dizia-nos Andreia do Flautim : "Eu gosto de música clássica!=) P.S: Obrigada pela visita!"
A 12 de Dezembro de 2008 Fantasia Musical dizia-nos : "Acrescento a estes inúmeros concertos os 3 concertos da Orquestra Académica da Metropolitana e com direcção de Jean-Marc Burfin ;) Irão interpretar obras de Béla Bartók, Richard Strauss e Johann Sebastian Bach. Hoje, sex 12 - 21h30, Casa do Povo de Aveiras de Cima, Azambuja; Amanhã, sáb 13 - 21h30, Auditório Madre de Saldanha do Externato de São José, Restelo, Lisboa; Domingo, 14 - 18h00, Teatro Eduardo Brazão, Bombarral. Desta vez não poderei assistir a nenhum, pois também andamos a preparar o concerto de Natal do CRCB. Aproveito para o anunciar, também: será dia 20, na Sé Catedral de Castelo Branco, pelas 21.30H
(eh, eh, eh, estou a aproveitar este seu cantinho para fazer publicidade!)"
A 12 de Dezembro de 2008 Fantasia Musical dizia-nos : "Acrescento a estes inúmeros concertos os 3 concertos da Orquestra Académica da Metropolitana e com direcção de Jean-Marc Burfin ;) Irão interpretar obras de Béla Bartók, Richard Strauss e Johann Sebastian Bach. Hoje, sex 12 - 21h30, Casa do Povo de Aveiras de Cima, Azambuja; Amanhã, sáb 13 - 21h30, Auditório Madre de Saldanha do Externato de São José, Restelo, Lisboa; Domingo, 14 - 18h00, Teatro Eduardo Brazão, Bombarral. Desta vez não poderei assistir a nenhum, pois também andamos a preparar o concerto de Natal do CRCB. Aproveito para o anunciar, também: será dia 20, na Sé Catedral de Castelo Branco, pelas 21.30H
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A 13 de Dezembro dizia Vinicius : "Minha ignorância tamanha não conhecia tal talento. Fico grato por apresentá-lo. Abraço R.Vinicius" (este leitor estava a referir-se a Glenn Gould - Este foi um período em que dizemos vários posts sobre este notável artista)