A única música que precisa de embalagem é a música de plástico.
sábado, 4 de outubro de 2008
Resultado da Votação
Em primeiro lugar muito obrigado pelos vossos votos. Tivemos 37 votos o que constituiu novo record saindo vencedor Karl Böhm. Böhm conseguiu numa apertada votação 14 votos contra 13 de Furtwangler e de Bruno Walter e apenas 8 de Otto Kemplerer. Teremos amanhã uma nova votação mas por agora podem ver aqui o artigo especial que preparamos sobre este maestro.
Karl Böhm (1894 - 1981)
Karl Böhm nasceu na Áustria em Graz a 28 de Agosto de 1894. Filho de um advogado foi de certa forma conduzido a estudar advocacia antes de entrar no conservatório primeiro em Graz e depois em Viena onde estudou com Eusebius Mandyczewski (grande amigo de Johannes Brahms).
De volta à sua cidade natal Karl Böhm tem uma ascenção fulgurante. Em 1919 é assistente da Direcção Musical e em 1920 é nomeado director musical. Com uma recomendação de Karl Muck consegue que Bruno Walter o chame para trabalhar em Munique onde fica até ser nomeado director musical em Darmstadt. De 1931 a 1934 ocupa a mesma posição na Opera de Hamburgo.
A partir de 1934 e atá 1942 conduz a Opera de Dresden período esse que se veio a revelar muito importante do ponto de vista artístico pois deu-lhe ocasião de estrear algumas obras de Richard Strauss nomeadamente Die Schweigsame Frau (As Mulheres Silenciosas) em 1938, Daphne também em 1938 que aliás lhe é dedicada e ainda o segundo concerto para corneta em 1943.
Mas não é apenas de Richard Strauss de que estreia obras. Em 1940 estreia Romeu e Julieta e em 1942 Die Zauberinsel ambas de Sutermeister.
Entretanto em 1938 participa pela primeira vez no festival de Salzburgo dirigindo Don Giovanni de Mozart, festival que nunca mais deixaria de visitar. Seria aliás nesse festival que por ocasião do 80º Aniversário de Richard Strauss dirigiria Ariadne em Naxos o que para Böhm foi sem dúvida um grande privilégio. Oiçam aqui uma versão também dirigida por Böhm em 1965.
Em 1962 estreou-se no festival de Bayreuth dirigindo uma obra de Richard Wagner Tristão e Isolda. Esta participação abriu uma série de direcções neste festival que incluíram várias obras de Wagner entre as quais Os Cantores de Nuremberga e o Anel do Nibelungo - de que acabou por gravar o ciclo completo e que ainda hoje é considerada uma das gravações de referência. Oiçam aqui uma das gravações do festival de Bayreuth dirigida por Böhm. Vejam também aqui um documento histórico de um ensaio em Bayreuth com Karl Böhm (1965).
Entre 1950 e 1953 dirigiu em Buenos Aires a época de música alemã na qual estreou a primeira versão em espanhol da ópera Wozzeck de Alban Berg traduzida para Espanhol precisamente para essa ocasião.
Do ponto de vista artístico Karl Böhm era caracterizado pela sua dureza mas em simultâneo jovialidade e gosto incondicional pela sua arte. Podem ouvir aqui (primeira parte) e aqui (segunda parte) um ensaio de Böhm da sétima de Beethoven Embora a sua vida fosse profundamente marcada pelas obras de Richard Strauss, tivesse um gosto muito especial por Alban Berg, Beethoven, Wagner ou Bruck o seu compositor preferido era Mozart. Pode ouvir aqui (primeira parte) e aqui (segunda parte) a opinião de Karl Böhm sobre Mozart.
O ciclo integral das sinfonias de Mozart que completou ao longo da década de 60 com a Filarmónica de Berlim e o ciclo das Sinfonias de Beethoven com a Filarmónica de Viena de 1971 mereceram grandes elogios. Podem ouvir aqui Böhm a dirigir a Sinfonia nº 41 de Mozart com a Filarmónica de Viena e aqui o primeiro andamento da quinta sinfonia de Beethoven.
Recebeu várias honras ao longo da sua vida tendo sido nomeado em 1964 o primeiro "Generalmusikdirektor" austríaco. Podemos por exemplo ouvir aqui Karajan a exprimir a sua admiração por Böhm.
Como nota de rodapé e em abono da verdade Böhm foi impedido de trabalhar após a guerra até se ter terminado a investigação sobre as suas actividades pró-nazis.
O livro autobiográfico "A Life Remembered" é uma óptima forma de continuar a exploração da vida e obra deste maestro para quem estiver interessado.
Böhm faleceu em Salzburgo a 14 de Agosto de 1981.
De volta à sua cidade natal Karl Böhm tem uma ascenção fulgurante. Em 1919 é assistente da Direcção Musical e em 1920 é nomeado director musical. Com uma recomendação de Karl Muck consegue que Bruno Walter o chame para trabalhar em Munique onde fica até ser nomeado director musical em Darmstadt. De 1931 a 1934 ocupa a mesma posição na Opera de Hamburgo.
A partir de 1934 e atá 1942 conduz a Opera de Dresden período esse que se veio a revelar muito importante do ponto de vista artístico pois deu-lhe ocasião de estrear algumas obras de Richard Strauss nomeadamente Die Schweigsame Frau (As Mulheres Silenciosas) em 1938, Daphne também em 1938 que aliás lhe é dedicada e ainda o segundo concerto para corneta em 1943.
Mas não é apenas de Richard Strauss de que estreia obras. Em 1940 estreia Romeu e Julieta e em 1942 Die Zauberinsel ambas de Sutermeister.
Entretanto em 1938 participa pela primeira vez no festival de Salzburgo dirigindo Don Giovanni de Mozart, festival que nunca mais deixaria de visitar. Seria aliás nesse festival que por ocasião do 80º Aniversário de Richard Strauss dirigiria Ariadne em Naxos o que para Böhm foi sem dúvida um grande privilégio. Oiçam aqui uma versão também dirigida por Böhm em 1965.
Em 1962 estreou-se no festival de Bayreuth dirigindo uma obra de Richard Wagner Tristão e Isolda. Esta participação abriu uma série de direcções neste festival que incluíram várias obras de Wagner entre as quais Os Cantores de Nuremberga e o Anel do Nibelungo - de que acabou por gravar o ciclo completo e que ainda hoje é considerada uma das gravações de referência. Oiçam aqui uma das gravações do festival de Bayreuth dirigida por Böhm. Vejam também aqui um documento histórico de um ensaio em Bayreuth com Karl Böhm (1965).
Entre 1950 e 1953 dirigiu em Buenos Aires a época de música alemã na qual estreou a primeira versão em espanhol da ópera Wozzeck de Alban Berg traduzida para Espanhol precisamente para essa ocasião.
Do ponto de vista artístico Karl Böhm era caracterizado pela sua dureza mas em simultâneo jovialidade e gosto incondicional pela sua arte. Podem ouvir aqui (primeira parte) e aqui (segunda parte) um ensaio de Böhm da sétima de Beethoven Embora a sua vida fosse profundamente marcada pelas obras de Richard Strauss, tivesse um gosto muito especial por Alban Berg, Beethoven, Wagner ou Bruck o seu compositor preferido era Mozart. Pode ouvir aqui (primeira parte) e aqui (segunda parte) a opinião de Karl Böhm sobre Mozart.
O ciclo integral das sinfonias de Mozart que completou ao longo da década de 60 com a Filarmónica de Berlim e o ciclo das Sinfonias de Beethoven com a Filarmónica de Viena de 1971 mereceram grandes elogios. Podem ouvir aqui Böhm a dirigir a Sinfonia nº 41 de Mozart com a Filarmónica de Viena e aqui o primeiro andamento da quinta sinfonia de Beethoven.
Recebeu várias honras ao longo da sua vida tendo sido nomeado em 1964 o primeiro "Generalmusikdirektor" austríaco. Podemos por exemplo ouvir aqui Karajan a exprimir a sua admiração por Böhm.
Como nota de rodapé e em abono da verdade Böhm foi impedido de trabalhar após a guerra até se ter terminado a investigação sobre as suas actividades pró-nazis.
O livro autobiográfico "A Life Remembered" é uma óptima forma de continuar a exploração da vida e obra deste maestro para quem estiver interessado.
Böhm faleceu em Salzburgo a 14 de Agosto de 1981.
Actualização da Lista de Violinistas
Efectuamos uma pequena actualização na Lista dos Melhores Violinistas colocando mais alguns links para actuações notáveis como por exemplo uma de Ginette Neveu.
Subscrever:
Mensagens (Atom)