Em 29 de Maio de 2013 celebrar-se-ão 100 anos sobre a estreia desta obra em Paris ao seu tempo polémica ao ponto de ter provocado motins na sala. Sim leram bem, na altura, as salas da música que hoje chamamos clássica e que na nossa imaginação sempre foram calmas e ordeiras, despertavam paixões tais que mais parecia estarmos num estádio de futebol por exemplo.
Porque razão isso mudou, se é ou não um indicador positivo, é algo que transcende este post. Tal como também transcende este post a discussão da influência que a obra teve na história da música embora seja claro que as inovações que experimentou (não pela primeira vez já que outros compositores da época nomeadamente Debussy o haviam feito) e a respectiva polémica associada sejam absolutamente marcantes.
Não discutiremos também as várias influências que se cruzam na obra, as da Russia pagã e as de uma França - em particular Paris, na altura certamente justificando o titulo de cidade Luz - urbana e vanguardista.
Igualmente não falaremos da superioridade da versão para concerto sobre a versão para bailado, nem tão pouco abordaremos a história das várias revisões e re-edições que a obra conheceu (e conheceu muitas) nem tão pouco vos diremos se existe entre essas alguma que seja "a verdadeira".
Preferimos ao invés falar-vos e sobretudo mostrar-vos a música e a dança e garantir-vos que se nunca assistiram ao vivo a um concerto ou ballet com esta obra estão a perder uma ocasião única. É por essa razão que antecipo este post já que é certo (ou pelo menos previsível que venham a existir perto de cada um de vós performances da obra - não percam mesmo.
A Obra está divida em duas grandes partes - A Adoração da Terra e o Sacrifício cada uma delas subdividida em episódios num total de 13 (6 na primeira parte, 7 na segunda parte). Podem ouvir aqui a versão para Orquestra , e aqui uma parte do bailado numa encenação de Pina Bausch. exactamente a mesma parte - a abertura da peça para Orquestra e a primeira cena do bailado.