sábado, 28 de maio de 2011

Sergei Prokofiev (1891-1953) Segunda Parte


Continuamos hoje a biografia de Sergei Prokofiev que tínhamos começado aqui (Anos de Juventude). Nesta altura Prokofiev já compôs dois dos seus concertos para piano, estabeleceu uma sólida reputação enquanto pianista mas continua a lutar para se estabelecer enquanto compositor.

Entretanto estamos em 1914 e começa a primeira guerra mundial e mais importante no que diz respeito à vertente artistica Stravinsky é nesta altura considerado como a avant-guarde da música lugar que Prokofiev deseja atingir. Não surpreende assim que tente emular os "escândalos" que este ia conhecendo com ballets russos de Dhiagilev. Mostra-lhe o seu segundo concerto para piano e o produtor russo fica suficientemente entusiasmado para lhe encomendar um ballet que no entanto viria a recusar dois anos mais tarde quando este finalmente lho apresenta.

Prokofiev transformou esse ballet numa suite Orquestral Scythian Suite que foi um monumental fracasso no que diz respeito à critica quando se estreou em São Petersburgo em Janeiro de 1916. Já o publico gostou ao que terá ajudado o facto de grande parte dele já conhecer Prokofiev dos seus tempos do conservatório e do ciclo de música contemporânea que tinha ajudado a dinamizar nessa altura.

No ano seguinte eclode na Rússia a revolução Bolchevique e Prokofiev que desejava ter repouso para trabalhar retira-se para o Cáucaso onde se mantém relativamente neutro às facções em conflito. Esse ano é especialmente produtivo tendo o compositor terminado a sua Terceira e Quarta Sonatas (escolhemos aqui interpretações de Gilels e Richter) para piano o seu Concerto nº1 para Violino e ainda  a sua Sinfonia Clássica (nº 1) .  Isto para além de iniciar a concepção do seu terceiro concerto para piano e da obra coral "sete, eles são sete" (que viria a terminar ainda em 1918 embora já em S. Pertersburgo). Uma produção verdadeiramente fantástica.

Com a revolução caiu sobre a Rússia a censura quer imposta pelo regime (nenhuma obra podia ser publicada ou interpretada em público sem aprovação prévia) mas contrariamente a muitos compositores que se viram forçados a fugir Prokofiev conseguiu manter-se nas boas graças do regime bolchevista tentando não comprometer a sua identidade musical e mantendo a liberdade para se deslocar ao Ocidente para poder desenvolver a sua actividade artística. Um jogo difícil mas em que foi mestre.

Ainda em 1918 parte para Vladivostok e depois inicia um grande período de quase completa ausência da Russia viajando primeiro para o Japão depois para os Estados e finalmente para a Europa Ocidental onde ficaria até 1932. É desses anos que vos falaremos na terceira parte desta biografia.

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