Este compositor alemão não alcançou obviamente a notoriedade dos três compositores que formam a linha condutora do período clássico (Haydn-Mozart-Beethoven) mas não deixou de criar algumas obras primas.
VIDA
Nasceu a 2 de Julho de 1714 em Erasbach e morreu a 15 de Novembro de 1787 em Viena de Áustria. Foi um viajante quase compulsivo tendo estado em Itália (Milão), Londres, Dresden, Praga, Viena e Paris. Foi nesta ultima cidade onde acabou por conhecer os seus maiores sucessos e onde esteve praticamente até à sua morte.
OBRA
Gluck notabilizou-se essencialmente pelas suas óperas. Dessas óperas Iphigénie en Aulide (1774)a primeira que realizou na sua estada em Paris e baseada numa peça de Racine, Alceste (1767) mas depois largamente revista para uma segunda interpretação em Paris (1776) e também Orfeo e Euridice (1762) também ela fortemente revista para a interpretação em Paris (1774).
Para complicar ainda mais a história Berlioz fez uma versão desta ópera em 1859 onde utilizou uma parte do material introduzido em 1774 mas encurtou a ópera para três actos. A versão que é hoje interpretada é uma mistura destas várias versões.
Uma obra interessante de Gluck que nunca chegou a ser estreada foi a "La Corona". Esta obra que deveria ser estreada em 1765 foi interpretada pela Cecilia Bartoli que como os mais atentos sabem esteve este fim de semana em Lisboa. Assim escolhi uma belíssima aria desta ópera para vos ilustrar o génio de Gluck que podem ouvir aqui.
Da sua obra mais conhecida Orfeo e Euridice por agora gostava de vos mostrar esta transcrição que o grande violinista fez de uma das melodias da ópera. Vejam aqui.
A única música que precisa de embalagem é a música de plástico.
domingo, 10 de fevereiro de 2008
Beethoven - Triplo Concerto para Piano, Violino e Violoncelo
Este concerto para violino, piano e violoncelo Opus 56 é normalmente referido como o "Triplo concerto". Foi composto em 1803 embora a primeira apresentação pública conhecida apenas tenha ocorrido em 1808.
Este concerto segue a estrutura "tradicional" de um concerto com a habitual estrutura andamento rápido-lento-rápido. O segundo andamento funciona como uma espécie de introdução longa para o terceiro que é tocado sem interrupção.
1. Allegro
2. Largo
3. Rondo alla Polacca
Para vos mostrar este concerto tenho obviamente que começar por uma interpretação absolutamente histórica (aliás admito que é uma das razões pelas quais hoje vos falo desta obras). Estávamos então em 1970 em plena guerra fria e em Moscovo por ocasião do 50º Aniversário da Filarmónica de Moscovo reunem-se Rostropovich no Violoncelo, Richter no Piano e Oistrack no Violino. A orquestra foi dirigida por Kyril Kondrachin.
Oiçam aqui a primeira parte do primeiro andamento.
Uma interpretação melhor do que esta é sem dúvida praticamente impossível. Porém estamos muito perto com a segunda interpretação que vos vou propôr. Uns anos mais tarde mais um trio infernal desta vez Itzhak Perlman (Violino), Yo-Yo Ma (Violoncelo), e Daniel Barenboim no piano e na direcção de orquestra que neste caso era a Filarmónica de Berlim. Por mim declaro um empate técnico mas julguem por vós próprios depois de terem ouvido aproximadamente o mesmo extracto por estes três aqui.
Se fosse possível fazer essa mistura eu ficava com o Rostropovich da primeira interpretação e tudo o resto da segunda (embora no violino e no piano na verdade não me importaria de ficar com qualquer uma das interpretações). No violoncelo, na orquestra e na sua direcção aí sim tenho uma preferência marcada ...
A propósito tanto no You Tube como em DVD podem assistir a estes dois concertos, claro que em DVD terão o som e a imagem no seu máximo esplendor ...
Este concerto segue a estrutura "tradicional" de um concerto com a habitual estrutura andamento rápido-lento-rápido. O segundo andamento funciona como uma espécie de introdução longa para o terceiro que é tocado sem interrupção.
1. Allegro
2. Largo
3. Rondo alla Polacca
Para vos mostrar este concerto tenho obviamente que começar por uma interpretação absolutamente histórica (aliás admito que é uma das razões pelas quais hoje vos falo desta obras). Estávamos então em 1970 em plena guerra fria e em Moscovo por ocasião do 50º Aniversário da Filarmónica de Moscovo reunem-se Rostropovich no Violoncelo, Richter no Piano e Oistrack no Violino. A orquestra foi dirigida por Kyril Kondrachin.
Oiçam aqui a primeira parte do primeiro andamento.
Uma interpretação melhor do que esta é sem dúvida praticamente impossível. Porém estamos muito perto com a segunda interpretação que vos vou propôr. Uns anos mais tarde mais um trio infernal desta vez Itzhak Perlman (Violino), Yo-Yo Ma (Violoncelo), e Daniel Barenboim no piano e na direcção de orquestra que neste caso era a Filarmónica de Berlim. Por mim declaro um empate técnico mas julguem por vós próprios depois de terem ouvido aproximadamente o mesmo extracto por estes três aqui.
Se fosse possível fazer essa mistura eu ficava com o Rostropovich da primeira interpretação e tudo o resto da segunda (embora no violino e no piano na verdade não me importaria de ficar com qualquer uma das interpretações). No violoncelo, na orquestra e na sua direcção aí sim tenho uma preferência marcada ...
A propósito tanto no You Tube como em DVD podem assistir a estes dois concertos, claro que em DVD terão o som e a imagem no seu máximo esplendor ...
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