quinta-feira, 18 de abril de 2013

Festival Terras sem Sombra - Concerto de Almodovar

Igreja de Santo Ildefonso onde decorreu o
concerto de abertura do
Festival Terras semSombra 2013.
Um pouco atrasado confesso (as minhas desculpas) partilho convosco o que ouvi no concerto que abriu o Festival Terras sem Sombra em Almodôvar . Gostava de começar com uma palavra para o festival propriamente dito que me agrada particularmente por duas razões: Em primeiro lugar por ser assumidamente uma forma de divulgar o património existente no Alentejo e Almodôvar segundo ouvi no inicio do concerto tem muitas razões para ser conhecido em detalhe. Em segundo lugar porque a junção do conceito de um festival a uma preocupação ambiental parece-me uma excelente forma de complementar o primeiro ponto. O património natural é tão importante como o construído. Penso que este festival é uma lição para todos e espero que seja copiado em outras regiões do país. No site que referencio do festival tem mais informação sobre o restante programa do festival (o próximo concerto é já no dia 20 de Abril em Santiago do Cacém) assim como a preocupação citada pela Biodiversidade. Note-se a excelência da programação artística a cargo de Paolo Pinamonte que dispensa apresentações, creio.

O concerto teve por interpretes a orquestra de cordas Concerto Moderno dirigida por César Viana e as solistas Raquel Alão (Soprano) e Marifé Nogales (Alto). Gostei especialmente das duas ultimas obras das três que constituíam o programa.

A primeira peça interpretada foi o Adágio e Fuga para cordas de Mozart (K. 546) que vos mostro aqui numa versão semelhante em termo de número de instrumentos e acústica (embora uma igreja totalmente diferente).



A segunda obra foi para mim uma total descoberta dado que não conhecia nem a obra nem o compositor. Requiem para Orquestra de Cordas de Toru Takemitsu. Depois do meu anterior post sobre Tonalidade versus Atonalidade com toda a certeza verão que a dicotomia entre as primeira e terceira peça e esta segunda não pode ser mais ilustrativa deste tema de discussão. Isto dito tal como também já referi por várias vezes até gosto de alguma música atonal sendo esta obra um dos novos exemplos.



Por fim o concerto terminou com o Stabat Mater de Pergolesi. Uma obra lindíssima de um compositor que faleceu com apenas 26 anos sendo esta a sua obra prima na opinião de muitos entre os quais me incluo. Gostaria apenas de salientar a voz da Soprano Raquel Alão que foi absolutamente fantástica. A interpretação que vos mostro é excelente mas a que ouvi no passado Sábado não lhe ficou de forma nenhuma atrás, antes pelo contrário.

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