Técnica que consiste em fazer variar de forma ligeira (tipicamente menos do que meio-tom) a frequência de uma nota. A forma de conseguir este efeito depende obviamente do instrumento em causa sendo mesmo impossível (no sentido estrito em alguns como por exemplo o piano).
A polémica quanto a esta técnica é acesa começando pela própria definição da sua natureza. Trata-se de um ornamento - com um trilo por exemplo - ou será antes um elemento integrante da produção do som, algo que deve ser utilizado de forma constante, embora de forma adequada à musicalidade da peça em questão ?
Abundam hoje opiniões contra esta técnica fundamentadas nas mais diversas razões que variam desde o "respeito pelo desejo do compositor" até a concepções estéticas minimalistas em que todo e qualquer tipo de eventual ornamentação é considerada mau gosto.
A polémica é forte sendo perfeitamente possível assistir-se a verdadeiros duelos verbais que só não resultam em duelos físicos com espada ou pistola porque esses hábitos (essas tradições) ficaram felizmente circunscritas ao passado.
É verdade que, sobretudo na voz, os excessos por vezes praticados são bastante irritantes mais parecendo que se está a ouvir um agrupamento de bezerros ...
Há quem defenda que em determinados períodos nomeadamente no barroco e no período clássico este efeito é contra-natura e de todo não adequado ao espírito da época. Esta opinião embora seja defensável não é completamente rigorosa do ponto de vista histórico dado que não há provas que o vibrato não fosse realmente utilizado tanto na voz como instrumentalmente.