Hoje, nesta longa biografia de Tchaikovsky que vos estamos a proporcionar ao estilo de uma telenovela, vou vos falar de uma ópera que nunca chegou a conhecer a luz do dia mas que é relevante por aquilo que revela da grande sensibilidade do músico.
A ópera de que vos falo chamava-se Undine tendo sido composta e finalizada em 1870. O que aconteceu então foi que Tchaikovsky enviou as partituras para a direcção do Teatro de S. Petersburgo para aprovação.
Entretanto Tchaikovsky resolve tocar umas partes da obra para alguns amigos tendo estes rejeitado-a de forma absoluta. As partituras entretanto estavam algures no Teatro de S. Petersburgo nas mãos de um qualquer funcionário que apenas as iria devolver alguns anos depois, para que Tchaikovsky as destruísse.
A única parte que sobreviveu desta ópera foi a "Canção de Undine" que foi utilizada na peça Branca de Neve como música ambiente. Há alguns musicólogos que afirmam também que parte do material foi utilizado no segundo movimento da segunda sinfonia.
Em todo o caso o importante neste caso é salientar a hiper-sensibilidade de Tchaikovsky, quase feminina (desculpem-me as mulheres e os homens esta generalização abusiva), que face a uma critica desfavorável não hesitou em destruir completamente uma obra.