terça-feira, 1 de novembro de 2011

Juan Crisóstomo de Arriaga (1806-1826)

Continuamos hoje a nossa divulgação de alguns compositores um pouco menos conhecidos que vamos encontrando na obra "Guia da Música de Câmara" de François-René Tranchefort publicada em Portugal pela Gradiva. Este texto baseia-se em parte no que é escrito nesse livro e em outras fontes encontradas e mencionadas no texto sempre que tal for relevante.

Juan Crisóstomo de Arriaga nasceu em Bilbao a 27 de Janeiro de 1806, exactamente 50 anos após Mozart. Não se sabe se por essa razão se por simples coincidência o pai abastado comerciante e músico amador dá-lhe como dois primeiros nomes os de Mozart.

Se fossemos supersticiosos diríamos que esse baptismo foi simultâneamente uma bênção e uma praga. Bênção porque o jovem Juan cedo começa tal como Mozart a revelar um enorme génio tornando-se tal como o seu homónimo uma criança prodígio.

Compõe a sua primeira ópera com apenas 13 anos (infelizmente dessa obra "Os Escravos Felizes")  subsistem apenas a abertura e alguns fragmentos.

O pai reconhecendo o seu enorme talento envia-o para Paris onde estuda com Baillot e Fétis onde rapidamente completa o curso tornando-se assistente de Fétis. Infelizmente por causas desconhecidas acabaria por falecer em Paris a 17 de Janeiro de 1926 antes de completar o seu vigésimo aniversário .

Todas estas coincidências levaram-no ao cognome de "Mozart Espanhol" que se face à dimensão da obra é sem dúvida um pouco exagerado já quanto ao potencial e ao estilo é uma designação bastante próxima. Na realidade apesar de ser contemporâneo de Beethoven o seu estilo é mais próximo de Mozart e de Hayden do que do pré-romantismo ou mesmo do romantismo de Beethoven.

Das suas obras hoje em dia há três quartetos para cordas (os unicos publicados em vida do compositor) que são frequentemente interpretados. Entre esses o mais interessante será o terceiro de que vos deixamos aqui uma interpretação pelo Quarteto Quiroga.


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