terça-feira, 24 de abril de 2012

Harutiun Dellalian (1937 -1990)

Bom em dia de homenagem depois do livro um post no Facebook chamou-me a atenção para este compositor Arménio que não conhecia confesso.

Neste dia que sei ser especial para a Arménia e para todos os Arménios já que representa o inicio do primeiro grande genocídio dos tempos modernos levado a cabo pelo Império Otomano a partir de 1915 aqui fica em música a minha homenagem a esse povo.




A titulo pessoal posso dizer-vos que desde a minha adolescência o esquecimento a que este evento da história moderna é votado não cessa de me surpreender. Estamos a falar de um genocídio planeado e executado friamente com mais de um milhão de mortos.

Conheci o drama - admito sem perceber muito bem de que se tratava - ao ouvir com a minha mãe uma canção de Aznavour mas ficou-me na memória (e com muitas perguntas à minha mãe também). Desculpem-me mas não resisto a partilhar e a convidar-vos a estudarem um pouco mais ... Azanavour - Ils sont Tombés

Quanto ao compositor arménio Harutiun Dellalian embora a sua obra seja pouco abundante e muitas obras não estejam completas o que existe não deixa dúvidas sobre o seu talento. Mas mais do que tudo o que possa dizer deixo-vos com um filme que é uma excelente biografia deste compositor. São 45 minutos que valem a pena, garanto-vos uma excelente história.

No Dia Mundial do Livro uma Homenagem ... Aos "libretistas"

Um dos elementos mais importantes de várias formas de música é o autor que se encarrega de adaptar ou escrever de raiz o texto que servirá de base a uma composição musical. No outro dia falávamos de Richard Strauss que se queixava de não conseguir encontrar um bom libretista. Não foi certamente o único na história da música que se queixou desse problema.

Em boa verdade também é justo dizer que bem o criaram (o problema) ao subalternizar quem assegura a qualidade literária do texto em que se baseiam.


Há demasiados libretos de qualidade para escolher simplesmente um que os represente porém como prometi não haver post sem música decidi mostrar-vos um de um autor que conseguiu atingir notoriedade e assegurar pelo menos uma posição de igualdade.

Fiquem portanto com Oedipus Rex uma Ópera de Igor Stravinsky com libretto de Jean Cocteau (a propósito um dos grandes defensores de Erik Satie que tem estado muito em foco neste blog ultimamente) baseado no drama com o mesmo nome escrito por Sophocles. Muito apropriadamente esta obra marca também o inicio do período neo-clássico de Stravinsky.



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