Esta obra é uma das mais conhecidas de Berlioz tendo sido composta em 1837 por encomenda do então ministro do interior de França o Conde Adrien de Gasparin. A estreia desta composição foi bastante acidentada. Berlioz conta mesmo nas suas memórias que na estreia dirigida por François-Antoine Habeneck este maestro na parte mais complicada da peça teria tirado do bolso a sua caixa de rapé para consumir um pouco ... Berlioz teria saltado nessa altura para o palco dirigindo o resto da obra.
A peça acabaria por ser dedicada ao Conde Adrien de Gasparin por todo o apoio que deu a Berlioz na concretização da obra e sobretudo no financiamento da mesma. Esta peça acabaria por ser a obra que lançou Berlioz enquanto compositor.
Do ponto de vista orquestral a peça é simplesmente monumental tendo sido escrito para uma forte secção de Sopro, Percussão, cordas e Voz. Pessoalmente esta é uma das minhas peças preferidas de música sacra. Na minha modesta opinião tem a marca das obras de génio. Diz-se que na estreia pessoas houve que não conseguiram conter as emoções ... Berlioz em todo o caso dizia que se apenas se pudesse salvar uma das suas obras então que essa fosse o Requiem.
A composição baseia-se no texto em Latim e é composto por 10 movimentos. Para vos mostrar este Requiem descobri no You Tube uma versão interpretada em 2000 nas Proms em Londres. A orquestra é constituída por alunos de conservatórios de Paris e de Londres numa verdadeira comunhão. São dirigidos por Sir Colin Davis que confere a esta interpretação a verdadeira paixão da comunhão entre os homens. Já agora recomendo-vos que oiçam também a introdução da BBC a esta interpretação aqui.
1. Introit – Kyrie e também uma parte aqui.
Sequência
2. Dies irae
3. Quid sum miser
4. Rex tremendae
5. Quaerens me
6. Lacrimosa e também aqui.
Ofertório
7. Domine Jesu Christe e também aqui.
8. Hostias e também aqui
9. Sanctus e também aqui
10. Agnus Dei – Comunhão e também aqui