A terceira e ultima sonata para piano de Chopin foi composta diz-se para calar as críticas referentes à segunda sonata que como vimos aqui foi considerada destituída de unidade, de ligação. Esta peça Op. 58 em Si Menor foi editada em 1845 e é dedicada à condessa E. de Perthuis.
Na verdade esta obra apresenta-se muito mais próxima da composição clássica de uma Sonata na tradição germânica numa transformação continua de temas e a integração entre o acompanhamento e a melodia. Também neste caso seleccionamos quatro pianistas de eleição para vos mostrar cada um dos quatro andamentos que constituem a sonata.
O primeiro andamento (Allegro Maestoso) é marcado por um inicio constituído por uma sequência de acordes fantástica e que muito prometem que aos poucos como que se dissolvem para dar lugar a uma melodia lindíssima. A conclusão deste andamento é também muito marcante pelo seu profundo lirismo. Podem ouvir aqui este andamento na interpretação de Dinu Lipatti.
Do segundo andamento (Scherzo: Molto vivace) que podemos ouvir aqui pelo pianista russo Oleg Boshniakovich realçamos a sua inegável leveza.
Do terceiro andamento (Largo) realçamos o seu carácter sonhador, tranquilo e etéreo quase hipnótico. Confessamos que escolhemos neste caso um pianista que na nossa opinião mais realça estas características, oiçam aqui Alfred Cortot, um dos grandes especialistas de Chopin na mais profunda tradição romântica.
Do quarto andamento (Finale: Presto non tanto; Agitato) teremos de destacar a enorme força interior que emite. Oiçam aqui um outro grande pianista William Kapell.