Curiosamente no período clássico não era Mozart o mais popular criador de Óperas, esse papel cabia a Giovanni Paisiello.
Giovanni Paisiello nasceu em Taranto em 1740. Começou a ser notado pela sua voz o que lhe permitiu prosseguir os seus estudos no Conservatório de Nápoles. Escreveu as suas primeiras peças em 1763 no estilo leve e rítmico e no fraseado melódico que sempre o caracterizaram.
O sucesso destas primeiras peças foi tal que foi suficiente para primeiro ser convidado a escrever três óperas que foram bem recebidas na estreia.
Foi com base neste sucesso que em 1776 é convidado para a corte de Catarina II em S. Petersburgo onde acaba por compor uma das peças que muitos consideram a sua obra prima: O barbeiro de Sevilha (a primeira das óperas compostas com base neste libretto).
Em 1784 Paisiello deixa a Rússia e depois de uma breve passagem por Viena fixa-se em Nápoles ao serviço de Ferdinando IV onde compõe algumas das suas melhores óperas nomeadamente La Molinara.
Em 1802 fez uma relativamente breve estadia em Paris a convite de Napoleão. Na verdade a primeira produção Proserpine correu tão mal que apesar das excelentes condições oferecidas por Napoleão Paisiello resolveu voltar a Nápoles.
Na verdade por esta altura a boa estrela do compositor parecia ter já passado pressionado por um novo estilo que não conseguia acompanhar. O falecimento da esposa em 1815 abalou-o imenso tendo falecido pouco tempo depois em Nápoles a 5 de Junho de 1816.
Paisiello escreveu mais de 80 óperas, várias obras litúrgicas e algumas composições instrumentais. Sendo um compositor conhecido pela sua extrema inveja e receio de perda de privilégios e favores dos soberanos para quem trabalhava não deixa no entanto de ter por isso uma obra que devemos conhecer até porque segundo alguns especialistas a sua obra terá influenciado Rossini, Gluck e até mesmo Mozart.
Como referimos uma das suas obras de referência é o Barbeiro de sevilha que na altura foi melhor recebida que a versão de Rossini sobre o mesmo libretto de que pode ouvir aqui a abertura muito característica da leveza do seu estilo (aliás esta é uma das criticas que se apontam; escrever música demasiado leve para temas relativamente dramáticos). Por outro lado a sua aria mais conhecida é provavelmente "Nel cor più non mi sento" da ópera La Molinara que pode ouvir aqui.
Do seu trabalho de música sacra podemos destacar La passione di Gesù Cristo que infelizmente não encontramos no You Tube. Como exemplo deste tipo de obra podem no entanto ouvir aqui um Magnificat.
A única música que precisa de embalagem é a música de plástico.
segunda-feira, 24 de março de 2008
Quarta-Feira próxima é um dia especial !
A próxima quarta-feira é um dia especial. Fará 181 anos que Beethoven o compositor de que temos vindo a falar nestas ultimas semanas faleceu. Para marcar este acontecimento fecharemos nesse dia o nosso ciclo das nove sinfonias com o ultimo post sobre o quarto andamento da nona sinfonia.
Até esse dia iremos mantendo os nossos posts diários falando de outros compositores do período clássico.
Até esse dia iremos mantendo os nossos posts diários falando de outros compositores do período clássico.
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