Embora considere perfeitamente legitimo que essas pessoas protestem fora da sala - a Orquestra Filarmónica de Israel podendo ser tomada como uma bandeira, um símbolo do referido estado - já a manifestação dentro da sala me parece ir contra o principio democrático de que a nossa liberdade termina onde começa a dos outros, e todos os outros escolheram ouvir a Orquestra ...
Não se trata de defender uma espécie de "santidade" da música apenas o simples respeito pela escolha individual dos milhares de pessoas que tinham adquirido um bilhete para ouvir aquele concerto.
A este propósito não posso obviamente deixar de lembrar Barenboim e o seu discurso no Knesset que vos repetirei sem dúvida mais vezes e que subscrevo inteiramente. Apenas a paz e a não violência podem ser respostas válidas às tentativas de solução pela força.
É verdade que a história também nos ensinou que quando alguém diz que nos quer eliminar é bom que acreditemos no que diz, mas a mesma história também nos ensina que a força deve ser dirigida apenas e unicamente contra quem verdadeiramente nos ameaça e não contra moinhos de vento e inocentes ... sobre o risco de gerar ainda mais violência ...