quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Berlioz - Te Deum (Op. 22)

Hoje vamos por momentos interromper a nossa visita ao ciclo de canções Les Nuits d´été que começamos aqui para nos debruçarmos numa outra obra vocal: Te Deum (Op. 22).

Esta obra foi composta em 1849 tendo sido originalmente concebida como um hino para celebração de alguma vitória militar ou pelo parece ter cristalizado material não utilizado de uma grande sinfonia em honra de Napoleão. Aliás esta obra contém mais partes "emprestadas" de outras obras de Berlioz como por exemplo o Requiem de falaremos também em breve.

Não tendo sido uma encomenda Berlioz teve de encontrar uma razão para estrear o seu Te Deum. Acabou por o conseguir em 1855 embora não existindo uma razão militar para celebrar um dos andamentos da obra foi suprimido (e hoje é raramente tocado dado que existem instruções para que este apenas seja interpretado nesse tipo de ocasiões).

A obra segue o texto litúrgico Te Deum embora Berlioz se tenha concedido a liberdade poética de efectuar algumas alterações na ordem para aumentar o efeito dramático. Para vos mostrar esta obra vamos contar com a ajuda da Filarmónica de Viena dirigida por Claudio Abbado.

1. Te Deum laudamus

Este andamento começa como poderão ouvir por cinco acordes profundos, fortes. Este é um dos dois andamentos onde Berlioz utiliza o coro de crianças (embora especificasse que poderia ser suprimido caso necessário).

Primeira Parte - Te Deum Laudamus

2. Tibi omnes

Existem especialistas de orquestração que pensam que este é uma das obras primas de orquestração deste compositor. depois de um começo que diríamos uma inocente e primária introdução do órgão somos surpreendidos por uma entrada lindíssima do coro que será aos poucos conduzido a um clímax sonoro que se repetirá de forma sempre diferente mais duas vezes.

Segunda Parte - Tibi Omnes

3. Prelúdio

Este andamento é apenas instrumental e aquele que Berlioz especificou que não deveria ser tocado nos casos em que o Te Deum não fosse interpretado para uma celebração militar. Desta forma este andamento não é hoje praticamente interpretado (e nunca o foi na vida de Berlioz).

4. Marcha para a apresentação das Bandeiras

Este andamento também é hoje raramente tocado. No entanto contrariamente ao prelúdio Berlioz considerava que este andamento fazia parte integrante da obra e não poderia ser suprimido. Na interpretação de 1855 Berlioz colocou este andamento logo a seguir ao Tibi Omnes. Porém nas actuais edições musicais é colocado no fim e muito raramente tocado. Um dos factores que levará porventura a este facto é a necessidade de 12 Harpas para a sua execução o que torna o mesmo um pesadelo de logística.

5. Dignare

Um movimento bastante meditativo, calmo.

Terceira Parte: Dignare

6. Christe, rex gloriæ

Se o anterior andamento é introvertido, calmo, contemplativo e conducente ao recolhimento e reflexão este andamento é o seu oposto. Extrovertido, alegre com o coro frequentemente em plena utilização das suas capacidades vocais.

Quarta Parte - Christe, rex gloriæ

5. Te ergo quæsumus

Quinta Parte - Te Ergo quæsumus

6. Judex crederis

Sexta e Sétima Parte

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