Brahms não é conhecido por ser um compositor especialmente rápido e esta sinfonia reflecte bem essa fama. Na verdade Brahms parece ter levado mais de vinte e um anos entre os primeiros esquissos que datam de 1855 até 1876 ano em que ocorreu a estreia da sinfonia que teve lugar em Karlsruhe a 4 de Novembro de 1876 dirigida por um amigo de Brahms, Felix Otto Dessoff.
A estreia da obra foi um triunfo relativo porque tanto Brahms como uma parte substancial da critica admirava tanto Beethoven que face ao mestre tudo o resto parecia menor para já não dizer uma cópia. Na verdade dizemos que foi um triunfo relativo porque o grande crítico Hans von Bulow disse como mensagem de felicitação que parecia a "décima", uma alusão óbvia a poder ser considerada uma sucessão do trabalho de Beethoven.
Note-se que a própria estrutura clássica desta obra seguindo os canons clássicos, quatro andamentos e um desenvolvimento muito na linha da evolução do período clássico ajudava a fazer-se essa assimilação.
O primeiro andamento em Dó menor está dividido em três partes : Un poco sostenuto – Allegro – Meno allegro . Este primeiro andamento tem como característica principal a impaciência um certo tom de desafio que apenas é resolvido muito perto do final do mesmo. Podem ouvir aqui e aqui Karajan a dirigir este andamento.
O segundo andamento em Mi maior é como mandam as regras um Andante, Sostenuto neste caso. Um andamento que surge com a paz que resolve toda angustia e ansiedade trazida pelo primeiro andamento. Podem ouvir aqui Karajan a dirigir este andamento.
O terceiro andamento Un poco allegretto e grazioso em Lá bemol maior é profundamente característico de Brahms. Não é bem um scherzo como seria de esperar numa estrutura puramente clássica ... é qualquer de dificilmente caracterizável, algo profundamente brilhante. Oiçam aqui este andamento dirigido por Karajan.
O ultimo andamento agora em Dó Maior está "dividido" em três partes tal como o primeiro (Adagio – Più andante – Allegro non troppo, ma con brio – Più allegro). Podem ouvir aqui este ultimo andamento, majestoso, digno, marcial quase. Sim terão razão se vos parecer "parecido" com a nona sinfonia de Beethoven. Oiçam aqui Karajan (e aqui a segunda parte desse andamento).
A única música que precisa de embalagem é a música de plástico.
terça-feira, 16 de setembro de 2008
O próximo compositor será: Brahms
Está terminado o acto eleitoral e embora por uma curta margem Brahms venceu. 15 votos contra 13 de Tchaikovsky e 10 de Schumann. Desta forma a partir de hoje iremos falar deste compositor germânico o mais clássico dos românticos ou se preferirem o mais romântico dos clássicos.
Confesso que gosto muito de algumas obras de Brahms - estão possivelmente na minha lista das 100 preferidas - e por isso será com grande prazer que vos irei falar deste compositor. Penso aliás que está naquela lista (certo eu sei que tenho a mania das listas) dos compositores subavaliados.
Enquanto estamos a falar de Brahms vou colocar no ar uma outra votação. Não para escolher os compositores que se seguem (esses serão Tchaikovsky e depois Schumann) mas antes para escolher para qual dos grandes maestros gostariam que fizéssemos um pequeno especial.
Confesso que gosto muito de algumas obras de Brahms - estão possivelmente na minha lista das 100 preferidas - e por isso será com grande prazer que vos irei falar deste compositor. Penso aliás que está naquela lista (certo eu sei que tenho a mania das listas) dos compositores subavaliados.
Enquanto estamos a falar de Brahms vou colocar no ar uma outra votação. Não para escolher os compositores que se seguem (esses serão Tchaikovsky e depois Schumann) mas antes para escolher para qual dos grandes maestros gostariam que fizéssemos um pequeno especial.
Subscrever:
Mensagens (Atom)