Com esta atmosfera carregada, tempo de trovada, por vezes vêm-nos à ideia coisas aparentemente estranhas. Neste caso nem sequer fui eu que me lembrei, mas o nosso blog de referência The Rest Is Noise fez neste post referencia ao tema.
Na verdade Alex Ross tinha lido este outro artigo do Washington Post escrito por Anne Midgette (a especialista de música clássica) que nos relatava a euforia em torno da música orquestral relacionada com videojogos. Referia Anne que poderia ser esta uma forma de trazer os jovens à música clássica tradicional. Alex Ross por seu lado tem mais dúvidas. Como sempre sugiro que leiam os artigos originais porque estão cheios de pontos de vistas e exemplos interessantes, mais o artigo do Washington Post que é bem mais profundo pela sua natureza - o blog do Alex Ross sendo essencialmente um apontamento, embora cheio de visão (uma má tradução de insight de que não consigo encontrar o equivalente lusitano).
No que me diz respeito acho que a música para videojogos é tão digna de interesse como a música para cinema ou para teatro e no que vou dizer a seguir irei certamente chocar alguns leitores deste blog, tão digna e relevante como a música para ballet ou mesmo ópera. Porquê? Porque em todos estes casos a música suporta uma narrativa ao mesmo tempo que esta se suporta na música. Dificilmente existem deslocados da realidade em que se completam. Por isso uma banda sonora de um filme quando é ouvida sem o filme pode ganhar uma dimensão diferente se for efectivamente boa o mesmo acontecendo com uma música de um videojogo. Há músicas originais compostas para videojogos que tenham atingido este patamar? Existirá o John Williams dos Videojogos? Estou em crer que sim ...
Se me pergquntarem para citar um nome terei que vos dizer Nobuo Uematsu o Japonês que compôs a música para a sequela Final Fantasy I a X (sim são 10 episódios ... ). Proponho para vos deixar com música uma das partes possivelmente a mais conhecida, muito ao estilo de Carl Orff e da sua Carmina Burana.