sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Vinicius de Moraes (1913-1980)

faria amanhã 100 anos o poeta brasileiro Vinicius de Moraes. Perguntarão porque razão neste blog sobre música clássica falamos do poeta ou do poetinha como carinhosamente Tom Jobim lhe teria chamado -a alcunha que perduraria para sempre.

É uma questão legitima e que tem uma resposta subjectiva e prepotente. Porque posso e porque para mim Vinicius, Jobim e tantos outros da MPB são tão "clássicos" como os demais que por aqui falamos. Para escolher um poema do Vinicius nem sei por onde começaria.

No fim de semana passado fui ouvir Stacey Kent. Cantora americana de Jazz fanática de Brasil e de Bossa Nova; tal como eu. Cantou algumas canções do Vinicius e do Jobim e logo para começar uma canção com música do parceirinho 100% Tom e letra de Vinicius - Chega de Saudade (numa aula de português nos Estados Unidos de que Stacey falou - que grande atmosfera e como é lindo o português).



(A Stacey Kent para quem não conhece é a rapariga que está de cinzento a seguir aos dois rapazes de verde na imagem inicial). By the way obrigado mana pelo presente ... que grande presente. E que saudades tu sabes de quem ...

Para viver um grande amor, Vinicius deverá saber bem, por nove vezes casado, sagrado cavalheiro. Não basta ser bom sujeito é sempre necessário um crédito na florista. E que tal passarmos a ganhar dinheiro com a poesia eu que já só ando mesmo em boa companhia ...



Mas a felicidade é mesmo uma coisa louca mas delicada de todas as cores e é por ela ser assim que dela devemos tratar com cuidado: tristeza não tem fim, felicidade sim ... ao vivo agora em 1978 dois anos apenas antes da sua morte.



Vinicius está sempre comigo na secretária do meu escritório num poema que tinhas na tua carteira. O amor dizias é o murmúrio da terra quando as estrelas se apagam e os ventos de outrora vagam no nascimento do dia. E eu me lembro de quando a luz dos olhos teus ...



E oiçam até ao fim Elis Regina em Formosa ... até ao fim do vídeo mas não da canção que Elis não consegue ... porque como diz se fosse só isto não fazia mesmo sentido.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Aniversários

Este blog fez no Domingo a bonita idade de 6 anos. Consta que em idade de blog como na idade de alguns animais nossos amigos de quem hoje foi o dia (parabéns a eles também) esta é uma idade considerável. Não sei se deva como nos cães multiplicar por 7 para ter uma idade equivalente mas se assim for a boa noticia é que para o ano este blog terá a idade do seu autor hoje e que também fez anos no passado Domingo.

Tenho festejado este aniversário de várias formas ao longo destes anos mas sinceramente este ano o que tinha previsto realizar não me foi simplesmente possível. Gostaria de vos ter presenteado com uma lista de 100 compositores indispensáveis para juntarmos à nossa lista de 101 composições ... Fica prometido que faremos esse post até ao final do ano.

Por agora e para terminar com música vou neste dia relembrar como comecei numa sexta-feira já tarde, ou melhor numa madrugada de Sábado - mais ou menos por volta desta hora, cerca das duas da manhã. Comecei depois de um preâmbulo sobre o âmbito do blog com um post sobre Vivaldi. Dizia eu na altura que Vivaldi era muito mais do que as Quatro Estações. Proponho-vos uma parte do belíssimo Stabat Matter pela Orquestra de Época Europa Galante dirigida por Fábio Biondi.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Dia Mundial da Música 2013

Hoje é o dia mundial da música - isto muitos sabem. O que já poucos saberão ou recordarão é que este dia foi instituido em 1975 pelo International Music Council em grande parte por iniciativa de Yehudi Menuhin grande violinista, pedagogo e maestro. Em  2011 expliquei-vos em detalhe a génese e o propósito deste dia e o seu propósito de promover a paz e sobretudo de valorizar a música através de alguns minutos de silêncio que recomendavam que se ouvissem nas nossas cidades.

Sim estou propositadamente a recomendar que se ouça o silêncio. Só sendo capaz de o ouvir seremos capazes de apreciar a música, aliás os momentos de silêncio que se sucedem à execução de qualquer obra fazem parte integrante da mesma. É por isso que não existe maior rudeza do que aplaudir antes do fim ou não deixar que esses segundos de silêncio separadores e restauradores existam após uma interpretação de uma qualquer obra.

Lembro-me quando uma vez em Salzburgo numa das suas praças transmitiam um concerto ao ar livre. Era uma transmissão em diferido de um concerto de homenagem a Karajan sendo a Orquestra provavelmente a Filarmónica de Viena e o maestro Seiji Ozawa depois da interpretação da ária de Bach pede simplesmente silêncio ao público com um simples aceno de mão ... virado de costas ...

Dizia Baudelaire que a música escavaca o céu. Hoje proponho-vos Bach e precisamente Lord Yehudi Menuhin na interpretação precisamente da obra a que fazia referência.



Dizia há pouco a uma colega que não tinha música hoje o meu coração. Agora já tem, um pouco mais pelo menos.

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