Depois daquele primeiros anos do casamento os anos seguintes foram possivelmente os mais tranquilos e felizes para Schumann. Isso reflecte-se no trabalho realizado até 1850 data em que as perturbações psicológicas que o levariam à morte começaram a manifestar-se. Este é o terceiro de uma série de posts sobre o compositor. Pode ler sobre o Ano das Canções a segunda parte desta biografia.
Na realidade mesmo em 1845 durante e imediatamente após a tournée à Russia com a mulher Clara o compositor sofreu uma crise depressiva que prenunciava o que viria a acontecer mais tarde.
Em 1841 compõe a sua primeira sinfonia e em 1842 dá-se o primeiro de alguns problemas no seu casamento com Clara. Na verdade Schumann nunca conseguiu lidar bem com o sucesso da sua mulher sobretudo quando este era maior do que o seu. Aliás o episódio que relatamos na Rússia foi em grande parte motivado por esse tipo de "ciúme".
Os anos seguintes foram quase todos subordinados a um "tema" um pouco como se Schumann se concentrasse num tipo de composição de cada vez. Em 1842-1843 foi a música de camâra, depois o oratório e por fim a tal viagem á Russia e a depressão que se seguiu.
Nos anos seguintes esteve durante muito tempo concentrado na selecção de um libreto para uma ópera que acabou por concluír em 1848. Note-se que aqui como em muitas outras actividades Schumann era profundamente inovador tendo planeado suprimir os recitiativos que considerava destruirem a estética conjunta da música e do poema. A ópera acabou por ser um fracasso e Schumann desisitiu completamente do género.
Deste período tenho alguma dificuldade em seleccionar uma obra mas porque é tõa raramente ouvida seleccionei uma ária da referida ópera Genoveva por Lucia Popp que em meu entender demonstra o incrivel sentido para a melodia de Schumann que ao procurar misturar de forma perfeita e complementar música e poesia foi também desse ponto de vista inovador.