sábado, 22 de agosto de 2009

Robert Schumann (1810-1856) - Segunda Parte

Poderão ler a terceira parte desta biografia neste outro post.

Poderão ler a primeira parte desta biografia de Robert Schumann aqui. Chegamos então aos anos mais felizes da vida de Schumann aqueles em que após uma longa batalha legal com o pai de Clara, Wieck que inclusivamente não se coibiu de chamar bêbado ao compositor.

Devido às artes de protelação em que se tornou mestre Wieck conseguiu adiar qualquer decisão até 1841 altura em que o tribunal acabou por decidir a favor de Schumann tendo por essa altura Clara atingido a maioridade.

Esse ano 1840-1841 é chamado "Lieder yahr" ou o "ano das canções" numa tradução um tanto livre. O facto é que durante este período Schumann praticamente apenas criou este tipo de composição, num total de mais 150 obras. As razões para esta quase exclusividade não são totalmente claras sendo possivelmente uma mistura de vários factores. Em primeiro lugar uma razão financeira. Este era o género mais facilmente vendável e Schumann precisava de provar que podia ter uma vida estável. Em segundo lugar este também era o género em que Schumann estava mais próximo do papel de poeta.

Aliás é curiosos que Schumann considerava em termos estéticos que era indispensável um grande poema para uma grande canção e que a música desse ponto de vista era "apenas" um suporte uma espécie de catalisador das emoções do poema.

É difícil distinguir desse período algumas obras porém o Op. 24 LiederKreis (Textos de Hein), o Op. 39 Liederkreis (textos de Eichendorf), Frauenliebe Op. 42 (textos de Chamisso) ou DietcherLiebe op. 48 (textos de Heine) são algumas das composições de que falaremos mais tarde.

Por agora propomos que oiçam Seit ich ihn gesehen (Since I saw him) do Op. 42 pela interprete Lorraine Hunt Lieberson acompanhada por Julius Drake (piano).

Since I saw him
I believe myself to be blind,
where I but cast my gaze,
I see him alone.
as in waking dreams
his image floats before me,
dipped from deepest darkness,
brighter in ascent.

5 comentários:

  1. O pai de Clara tinha toda a razão em não querer a ligação de Robert e da sua filha, pois Schumann tinha problemas com a bebida, o fumo e crises depressivas... e Clara tinha um grande futuro à sua frente como pianista.
    Após 14 anos de casamento, Clara compreendeu a asneira desse casamento. Sózinha com 7 filhos (um deles morreu muito novo), tendo que dar aulas e apresentações para sustentar a família, pois Schumann entrou em depressão crónica, o que obrigou a família a interná-lo num manicómio, onde ficou dois anos, até à sua morte.

    CLARA NUNCA O VISITOU!!!

    A partir daí ela ficou livre para compor e dar concertos, desenvolvendo, finalmente a sua carreira. Claro, que continuou a divulgar a obra do marido. Mas uma coisa é o homem, outra o MÚSICO.
    A amizade (ou mesmo um romance) com Johannes Brahms foi nessa altura muito importante para Clara Wieck.

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    1. Boa noite,
      Só agora conheci este blogue. Mais vale tarde do que nunca :)
      Dou os Parabéns!!
      Quanto à Clara Schumann, li em vários livros que visitou o marido 1 ou 2 vezes antes dele falecer. Segundo os mesmos livros, Clara estava proibida pelos médicos de fazer visitas ao marido. Só quando ele estava a morrer, os médicos permitiram a visita da pianista. Foi o que li. Não sei se é verdade ou não.
      Abraço.

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    2. Pois os livros que consultei também indicam o mesmo no entanto as opiniões realmente dividem-se quanto a este ponto.

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    3. Ah e obrigado pelos parabéns caro anónimo, sim mas vale tarde que nunca. Será sempre bem vindo ! Volte sempre!

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  2. O Rui Herbon, d'A Escada de Penrose, acaba de me atribuir o prémio representado por este selo. As regras que o prémio acarreta são as seguintes:

    1- Colocar o selo no blogue;
    2- Indicar 10 blogues que considero viciantes;
    3- Informar os indicados;
    4- Publicar no blogue três coisas que pretendo fazer no futuro.

    Três coisas que pretendo fazer no futuro:
    1) inflectir pouco a pouco a orientação do blogue para a intenção inicial, que consistia em falar de leituras;
    2) sem prejuízo do que disse acima, continuar a reflectir sobre política e educação numa perspectiva radical, ou seja, partindo de posições de princípio e distanciando-me um pouco das polémicas correntes;
    3) dedicar alguma atenção à temática do ambiente, ligando-a à da racionalidade e do pensamento crítico.

    Os blogues que nomeio são, por ordem alfabética, os seguintes:

    A Natureza do Mal
    Ao Longe os Barcos de Flores
    Câmara dos Lordes
    Da Minha Profunda Ignorância
    Delito de Opinião
    Diz que não gosta de música clássica?
    Está de Velho!
    Ladrões de Bicicletas
    O Bengalão
    Vade Retro

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