sábado, 13 de junho de 2009

Mendelssohn - As Hébridas

Esta composição foi inspirada pela visita que Mendelssohn fez à Escócia embora claro não tenha sido logo composta na sua totalidade nessa ocasião. Aliás de forma muito engraçada escreveria à sua irmã fanny que a obra cheirava mais agora a contraponto do que a óleo de bacalhau e vento ! Na verdade manter a impressão que a visita lhe transmitiu na música que compunha uma vez desenquadrado do seu ambiente foi uma das maiores dificuldades que Mendelssohn terá sentido.

O Op. 26 embora seja denominado uma "abertura" na verdade é uma obra perfeitamente autonoma que não pretendia ser parte de nenhuma outra composição. Trata-se de uma peça quase impressionista na sua tentativa de transcrever emoções e a paisagem de que são possivelmente um excelente exemplo os acordes iniciais misteriosos e selvagens.

Para ilustrar esta obra escolhemos uma direcção de Pablo Casals que embora incompleta tem o interesse adicional de se poder conhecer a faceta de maestro deste grande músico catalão.






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Schubert de volta a este blog !

Como vos tinha dito fui ouvir este recital. Não vos vou fazer uma descrição exaustiva do reportório que foi interpretado até porque Schubert já foi nosso convidado por aqui. As Sopranos Inês Simões e Maria João Sousa e os pianistas Daniel Godinho e Marta Manuel interpretaram vários lieder de que vou escolher dois de que gostei particularmente (excluo o Avé Maria que foi interpretado para terminar a primeira parte por ser já muito conhecido).

Em primeiro lugar uma peça que foi interpretada por Inês Simões e Daniel Godinho. Trata-se de "Das Lied im Grünen" que logo na altura me pôs bem disposto pela escolha da côr. É claro que neste caso o verde deve ser tomado como referência ao campo mas de qualquer forma não deixa de ser um belo hino à côr certa :-)

Este Lied foi um dos últimos compostos por Schubert não tendo sido publicado em vida do compositor. Tem também a particularidade de ser dos poucos poemas de Johann Anton Friedrich Reil (1773-1843) que Schubert musicou.

Fiquem com esta tradução em Inglês (retirada deste site que aliás se recomenda - tradução por Emily Ezust) prometendo-se em breve uma tradução para português ...

To the countryside, to the countryside,
Spring beckons, that lovely little boy;
and leads us out with a flower-entwined staff
to where the larks and blackbirds are so wakeful;
to the forests, to the fields, to the hill by the brook -
To the countryside, to the countryside.


In the countryside, in the countryside,
life is wonderful, and we wander there with pleasure
and pin our eyes on it while yet far off;
and as we wander with high spirits,
about us always flutters a childlike delight,
in the countryside, in the countryside.


In the countryside, in the countryside,
one can rest so well, experiencing such lovely feelings,
and thinking comfortably on this and that,
and magically banishing those things that depress us
while invoking those things in which our hearts delight.
In the countryside, in the countryside.


In the countryside, in the countryside,
the stars become so clear that wise men
of the old world prize them for guiding life;
little clouds stroke us gently as they pass,
heats grow lighter, the senses clarify --
in the countryside, in the countryside.


In the countryside, in the countryside,
many a plan has grown wings;
the future loses its grim aspect,
the eye is strengthened, the gaze is refreshed,
wishes rock gently back and forth
in the countryside, in the countryside.


In the countryside, in the countryside
in the morning and the evening, in the cosy quiet,
many a little song and many an idyll sprout;
and Hymen often crowns the poetic jest -
for attraction is easy, and the heart is susceptible
in the countryside, in the countryside.


O glad I was in the countryside
when I was a boy and youth;
there I learned and wrote, reading
Horace and Plato, then Wieland and Kant;
and my glowing heart pronounced me blissful
in the countryside, in the countryside.


To the countryside, to the countryside,
let us joyfully follow that friendly boy.
If one day life no longer blooms for us, then
we wisely will not miss that green time;
for when it was essential, we happily dreamed away
in the countryside, in the countryside.



O segundo Lied de que vos queria falar é intitulado "Vergebliche Liebe" poema de Joseph Karl Bernard que foi interpretado por Marta Manuel e Maria João Sousa. Infelizmente não encontrei nenhuma interpretação no You Tube ... Vou ter de criar uma mas como isso vai demorar um pouco mais fica já aqui o poema numa tradução do mesmo site e do mesmo autor.

Amor Fútil

Yes, I know it, this true love
is cherished in vain by my injured heart!
If only there remained for me the smallest hope,
I would be richly rewarded for my pain!

But even this hope is futile,
for I know well her cruel game!
Despite the faithfulness of my struggle,
my goal ever flies from me!

Nevertheless, I love; nevertheless, I hope, always
without love, without true hope;
I can never abandon this love!
Without it, my heart would break in two!

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