Os estudos de Chopin estão divididos em três Opus. Considera-se geralmente que o primeiro conjunto de estudos (Op. 10) marca o fim da adolescência de Chopin.
Este primeiro conjunto de estudos publicado em 1833 é composto por 12 peças de que faz parte o famoso "Estudo Revolucionário" assim chamado porque foi escrito durante a tentativa de rebelião da Polónia para se libertar do domínio do Império Russo. Um estudo especialmente exigente para a mão esquerda, um estudo que reflecte a ira do compositor pelas notícias que acabara de receber dando conta do esmagar da revolução polaca em Varsóvia. Vejam aqui Sviatoslav Richter interpretando este estudo.
Se o primeiro conjunto de estudos marca o fim da adolescência de Chopin este segundo conjunto de estudos representa o culminar da sua vida adulta, a chegada a um ponto de síntese e de perfeição que as suas ultimas peças iriam revelar na sua máxima extensão.
Este conjunto de estudos também contêm algumas obras que continuam a ser tocadas hoje em dia não só como elementos pedagógicos mas como peças para recitais de piano solo. entre todos os que poderíamos escolher seleccionamos um dos mais melódicos para contrastar com o anterior e desta vez vamos ouvi-lo na voz do fantástico pianista Brasileiro Nelson Freire, aqui.
Chopin escreveu ainda um conjunto de três estudos que apenas foram publicados postumamente e que na verdade têm muito pouco de novo relativo ao dois anteriores conjuntos.
A única música que precisa de embalagem é a música de plástico.
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Chopin - Nova Grande Valsa Op. 42 (Quarta Parte)
Esta valsa é possivelmente a mais complexa das compostas por Chopin. Publicada em 1840 esta valsa (Op. 42 em Lá bemol Maior) distingue-se pela cuidadosa mistura de ritmos e sobretudo pela coda absolutamente fantástica.
Convém talvez a respeito desta valsa relembrar algumas palavras de Moriz Rosenthal (1862-1946) que escreveu o seguinte sobre esta valsa no Musical Standard de Londres:
"Que um génio como Chopin não tenha dado indicações explicitas acerca da forma como executar as suas obras é perfeitamente normal. Ele voava onde nós meramente titubeamos. Acresce que estas acentuações devem ser sentidas mais do que tocadas, com a maior leveza, o mais ternamente que fôr possível".
(tradução minha a partir da citação retirada do Livro "Chopin - The Man and his Music" de James Huneker)
E é precisamente Moriz Rosenthal que vos oferecemos para esta valsa - uma oportunidade de entenderem o que ele quer dizer com ternura e leveza - uma maravilha apesar da qualidade da gravação ... mas vale a pena. Oiçam então a Grande Nova Valsa por Moriz Rosenthal aqui.
A propósito Moriz Rosenthal foi um dos alunos mais relevantes de Lizt juntamente com Eugen d'Albert (1864-1932) que também poderiamos ouvir nesta mesma valsa aqui porém a qualidade da gravação é pior.
Convém talvez a respeito desta valsa relembrar algumas palavras de Moriz Rosenthal (1862-1946) que escreveu o seguinte sobre esta valsa no Musical Standard de Londres:
"Que um génio como Chopin não tenha dado indicações explicitas acerca da forma como executar as suas obras é perfeitamente normal. Ele voava onde nós meramente titubeamos. Acresce que estas acentuações devem ser sentidas mais do que tocadas, com a maior leveza, o mais ternamente que fôr possível".
(tradução minha a partir da citação retirada do Livro "Chopin - The Man and his Music" de James Huneker)
E é precisamente Moriz Rosenthal que vos oferecemos para esta valsa - uma oportunidade de entenderem o que ele quer dizer com ternura e leveza - uma maravilha apesar da qualidade da gravação ... mas vale a pena. Oiçam então a Grande Nova Valsa por Moriz Rosenthal aqui.
A propósito Moriz Rosenthal foi um dos alunos mais relevantes de Lizt juntamente com Eugen d'Albert (1864-1932) que também poderiamos ouvir nesta mesma valsa aqui porém a qualidade da gravação é pior.
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