sábado, 7 de julho de 2012

Gluck - Páris e Helena

Hoje às 21:30 em Alcobaça no Cine Teatro João d´Oliva Monteiro inserido no festival Cister Música irei assistir à estreia em Portugal da ópera de Gluck , Páris e Helena. Já tinha assistido à versão não encenada no Grande Auditório da Escola Superior de Música mas agora vou ter a hipótese de assistir à estreia em Portugal da versão encenada. Do programa deixo-vos aqui a ficha técnica retirada da página de programação do mês de Julho do Festival.
Fica também a recomendação para lhe darem a devida atenção.

Estúdio de Ópera da Escola Superior de Música de Lisboa 
Nicholas McNair, direção artística 


Clara Andermatt
encenação 


Carmen Matos, Carla Simões, Sara Carolina Marques, Sónia Alcobaça
solistas 


Coro do Estúdio de Ópera da Escola Superior de Música de Lisboa 
Clara Alcobia Coelho, direção 


Orquestra de Música Antiga da Escola Superior de Música de Lisboa 
Pedro Castro, direção musical 


Rui Horta, cenografia e desenho de luz 


Aleksandar Protic, figurinos 


Coprodução: Escola Superior de Música de Lisboa, ACCCA - Companhia Clara Andermatt, O Espaço do Tempo e São Luiz Teatro Municipal


Já sabem - de tiverem oportunidade - deixem as pantufas em casa e vão à opera que ao vivo é MESMO outra coisa !

Quanto à opera propriamente dita ela segue as mais conhecidas Orfeo e Euridice e mesmo Alceste tendo sido estreada em Viena a 3 de Novembro de 1770 sendo o libretto de Ranieri de' Calzabigi que já tinha colaborado nas anteriores óperas do compositor.

Embora sendo a menos conhecida e a menos interpretada das três obras não deixa de ser uma obra belíssima seguindo a procura de simplicidade e pureza típica de Gluck e tantas vezes (mal) confundida com falta de expressividade.

A ópera que conta a história da chegada de Páris e da sedução de Helena até à sua partida para Tróia contem não obstante algumas árias que certamente terão já ouvido porque são regularmente interpretadas em recitais (de forma isolada). Dessas escolhemos duas para vos ilustrar a obra.

Em primeiro lugar "O del mio dolce ardor" a declaração de amor de Páris no primeiro acto.




A segunda ária que escolho é uma gravação de Claudia Muzzio de 1923 (só por si é um documento histórico) Spiagge Amate.




Estas duas árias dão uma ideia da dificuldade em encontrar  cantores para este papel dado este ter sido concebido sobretudo para um Soprano Castrato.

Repetindo a primeira ária não queria deixar-vos sem a comparação da grande Teresa Berganza na primeira destas duas árias, simplesmente sublime (não que os dois outros exemplos não sejam excelentes note-se).

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