segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Pesquisas de Ontem: A Letra da Nona Sinfonia

Claramente estamos aqui a falar do Poema de Friderich Schiller escrito por volta de 1785 que celebrava o ideal de unidade e de igualdade e paz entre os homens. Notem que na altura estávamos numa sociedade onde ainda existiam classes com privilégios institucionalizados e mesmo monarquias de direito divino (a revolução francesa estava ainda a quatro anos de distância) pelo que este texto era só por si autenticamente um libretto revolucionário.

O poema em si foi adaptado por Beethoven sendo a tradução que aqui apresentamos a que está na Wikipedia (mais tarde prometo rever o texto para me assegurar da bondade da mesma). Claro que este poema ganha uma dimensão diferente com a música de Beethoven e vice-versa ... É difícil hoje perceber a dimensão totalmente revolucionária deste texto e desta música. Hoje em dia é o Hino da União Europeia o que é uma ideia fantástica. Só não sei é se a União merece o Hino que tem ou melhor, também tenho dúvidas que mereça sequer o nome.

Para ilustrar teria que ser a famosa ocasião em que Bernstein interpretou esta obra com a Filarmónica de Berlim e músicos vindos de um pouco toda a Europa para celebrar a queda do muro... Com a famos substituição de "Alegria" por "Liberdade" ....









[Barítono]
Amigos
Mudemos de tom,
entoemos algo mais agradável e cheio de alegria

[Barítonos, Quarteto, Coro]
Alegria, mais belo fulgor divino,
Filha de Elíseo,
Ébrios de fogo entramos
Em teu santuário celeste!
Teus encantos unem novamente
O que o rigor da moda separou.
Todos os homens se irmanam
Onde pairar teu vôo suave.
A quem a boa sorte tenha favorecido
De ser amigo de um amigo,
Quem já conquistou uma doce companheira
Rejubile-se connosco!
Sim, também aquele que apenas uma alma,
possa chamar de sua sobre a Terra.
Mas quem nunca o tenha podido
Livre de seu pranto esta Aliança!
Alegria bebem todos os seres
No seio da Natureza:
Todos os bons, todos os maus,
Seguem seu rastro de rosas.
Ela nos dá beijos e as vinhas
Um amigo provado até a morte;
A volúpia foi concedida ao verme
E o Querubim está diante de Deus!

[Tenor solo e coro]
Alegres, como voam seus sóis
Através da esplêndida abóboda celeste
Sigam irmãos sua rota
Gozosos como o herói para a vitória.

[Coro]
Abracem-se milhões de seres!
Enviem este beijo para todo o mundo!
Irmãos! Sobre a abóboda estrelada
Deve morar o Pai Amado.
Vos prosternais, Multidões?
Mundo, pressentes ao Criador?
Buscais além da abóboda estrelada!
Sobre as estrelas Ele deve morar.

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