Além da nossa rubrica semanal vamos a partir de hoje, não garanto que todos os dias mas tentaremos alguma regularidade escolher dentro das pesquisas do dia anterior a que nos parecer mais interessante ou curiosa. Hoje a nossa escolha recaiu sobre Anton Bruckner (1824-1896).
Bruckner de que ainda não falámos porque a nossa aproximação cronológica por períodos ainda não atingiu esta época foi um compositor austríaco (nasceu em Ansfelden perto de Linz) sendo especialmente conhecido pelas suas sinfonias e obras sacras. Se bem se lembram insisti, contra a vontade popular, que pelo menos uma das suas sinfonias fosse incluída na nossa lista das 25 sinfonias preferidas.
Pessoalmente não me esqueço de ter ouvido e visto em Salzburgo numa praça uma das suas sinfonias, projectada num ecrã gigante, ao frio de uma noite de verão um pouco agreste. Aliás a propósito das suas sinfonias sendo Bruckner um perfeccionista e um dos primeiros compositores a ter uma visão analítica e "cientifica" de algumas técnicas de composição a determinação de qual a versão "final" de cada uma das suas sinfonias é ainda hoje objecto de estudo de vários musicologos. Bruckner deixou como Beethoven nove sinfonias tendo por isso também contribuído, involuntariamente por certo, para a maldição da "Nona" ...
Das suas sinfonias claramente escolheria o Adagio da Sétima que vos proponho ouvir numa versão dirigida por Furtwangler.
Quanto às suas obras sacras confesso que conheço pouco e que para escolher uma obra teria de recorrer à única de que realmente me recordo, o Te Deum (WAB 45) que podem ouvir aqui numa interpretação da Filarmónica de Viena dirigida por Karajan. A propósito a identificação das obras vezes apresentada para alguns compositores como já expliquei neste blog provém do musicólogo que efectuou a sua catalogação. No caso de Bruckner utiliza-se frequentemente a denominação WAB que significa "Werkverzeichnis Anton Bruckner" catálogo editado por Renate Grasberger.