sábado, 12 de novembro de 2011

Georges Auric (1899-1983)

Georges Auric nasceu em Lodéve no Herault, França no dia 15 de Fevereiro de 1899. Desde muito cedo o seu talento para a composição foi claro. Com 13 anos entra no conservatório de Paris na classe de Georges Caussade (Contraponto e Fuga)  tendo um ano mais tarde sido aluno de Vincent d´Arcy na Schola Cantorum.

Rapidamente ganha notoriedade enquanto músico vanguardista e faz parte do Grupo dos Seis com Louis Durey, Arthur Honegger,Darius Milhaud,Francis Poulenc, Germaine Tailleferre embora este grupo seja mais uma construção teórica que um agrupamento de sensibilidades tão diversas eram as suas raízes e estéticas. A propósito (embora não sobre este tema) sugiro que oiçam um documento muito interessante em que Cocteau e Auric (entre outros) falam de Satie (em françês). Sobre o tema dos seis isso sim podem também ouvir o próprio Poulenc (também em francês).

Convive nessa altura com os maiores vultos da época Stravinsky, Apollinaire, Radiguet, Braque, Picasso, Léon Bloy, Jacques Maritain. Jean Cocteau, Erik Satie tornando conhecido em 1924 com o ballet "Les Facheux" para os Ballets russos de Diaghilev. Este ballet não só inaugura uma longa série de música para Ballet como acaba por ser também a centelha que o faria tornar-se num dos mais relevantes compositores de música para cinema do século XX.

Neste particular escreveu muitas das bandas sonoras dos filmes de Jean Cocteau entre os quais teremos de destacar a Bela e o Monstro de 1946. Auric viria também a escrever música para filmes de Hollywood tendo nessa altura adquirido fama mundial. Entre esses poderíamos destacar por exemplo Moulin Rouge de John Houston (1952). São destaques no entanto curtos de um dos mais prolíficos autores de música para cinema do  século XX. Só para vos dar mais alguns exemplos: Férias em Roma (1953) de Corcunda de Notre Dame (1958) de Delannoy, Bom Dia Tristeza (1958) de Otto Preminger, Os Inocentes (1961) de Jack Clayton,  A partir de 1962 quando aceita o cargo de director da Ópera de Paris deixa de compor para Cinema.

Músicou também variadíssimos poemas dos maiores poetas franceses do século XX entre os quais Nerval, Aragon e Eluard, infelizmente não encontro no You Tube registos dessas obras.

Em 1975 termina aquela que viria a ser a sua ultima grande obra "Imaginées", conjunto de seis peças que tanto podem ser interpretadas em conjunto como de forma separada. Estas obras foram dedicadas por vezes aos músicos que as estrearam outras vezes são homenagens a amigos de Auric.

Como as obras para instrumentos de sopro não estão muito representadas neste blog (as minhas desculpas aos instrumentistas desses instrumentos ... não é por má vontade garanto) deixava-vos com o seu Trio para Oboé, Clarinete e Fagote de 1938.

Georges Auric faleceu em Paris no dia 23 de Julho de 1983.

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