sábado, 13 de setembro de 2008

Os compositores de Edith Piaf

Não é bem música clássica, eu sei. Mas esta é uma das vozes, uma das interpretes, para as quais sempre disse que abriria aqui tantas excepções quantas as necessárias. Só não é clássico por definição porque de resto. Oiçam estas canções e digam-me se não é impossível não sentir que é arte, que transcendem a natureza humana, que exprimem o indizível ... Perguntava um dos nossos leitores quais os compositores de Edith Piaf.

Teríamos de começar por Marguerite Monnot (1903-1961) que teve a mais longa relação com Edith Piaf . Mais de 22 anos de associação e algumas das mais famosas canções de Edith Piaf entre as quais Milord por exemplo (Letra de Moustaki). Vejam aqui Edith Piaf a interpretar esta canção. La Vie en Rose também é desta autora embora os créditos não lhe sejam normalmente atribuídos.

As duas mulheres acabam por se zangar por causa de um dos outros grandes sucessos de Edith Piaf. Na verdade "Non Je ne regrette rien" tem música de Charles Dumont (1929-). Depois desta colaboração Charles Dumont torna-se o compositor preferido de Piaf tendo composto para ela dezenas de outras canções entre as quais podemos destacar Mon Dieu (que devo confessar é uma das minhas canções preferidas, uma intensidade dramática verdadeiramente notável).

Sem ser destes dois compositores que foram sem dúvida aqueles que foram estruturantes da sua interpretação Edith Piaf cantou algumas canções de outros compositores algumas das quais fazem parte da lista de canções inesqueciveis da "môme". Entre esses compositores não podemos deixar de destacar Norbert Glanzberg (1910-2001) a quem devemos Padam, Padam (extraordinário não?) e Mon Manège à Moi , Hubert Giraud (1920-) a quem se deve Sous le ciel de Paris (do filme com o mesmo nome), Michel Emer (1906-1984) que compôs A Quoi ça sert l´amour (nesta interpretação podem vê-la em duo com o seu ultimo marido Théo Sarapo em 1962 cerca de um ano antes do seu falecimento).

Finalmente o compositor da sua ultima canção "L´homme de Berlin" Francis Lai (1932-) e o ultimo compositor com quem Edith Piaf trabalhou e a quem se deve para além da canção já referida por exemplo Emporte-moi.

Claro que não poderíamos também esquecer as canções de Charles Aznavour Plus Bleu que Tes Yeux e Jezzbel escritas, dedicadas e inspiradas pela relação entre os dois. Aliás também nesse particular Edith Piaf foi um autêntico vendaval na música de expressão françesa dado que para além de Aznavour lhe devemos Yves Montand e Moustaki por exemplo.

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