domingo, 30 de janeiro de 2011

Milton Babbitt (1916 - 2011)

Como sabem os nossos leitores mais atentos um dos blogs que seguimos com mais atenção é o The Rest is Noise onde ficamos a saber que Milton Babbit faleceu ontem a 29 de Janeiro. Milton Babbit foi um compositor contemporâneo adepto do serialismo e autor de sofisticadas e complexas orquestrações. Babbitt foi professor da Juillard e membro da Academia America de Artes e Letras desde 1965.

As sua composições podem ser divididas em três grande períodos. Do ultimo período escolhemos Concerto Piccolino for Vibraphone. Philomel do segundo período (1964) é outro exemplo relevante (poema de John Hollander).

Quem me conhece sabe que esta não é definitivamente "a minha chávena de chá" mas há um artigo deste compositor editado na High Fidelity de 1958 que vale a pena lerem. Chama-se esse polémico artigo "O Compositor enquanto especialista" embora o editor tenha alterado o título (sem o consentimento ou sequer o conhecimento do autor) para "Que importa se alguém ouve". Mudança que tornou o titulo obviamente muito mais polémico e se não garantiu mais adeptos para a música de Babbitt pelo menos garantiu muito mais leitores para o referido artigo. Em resumo neste artigo defende que o compositor contemporâneo não se deve preocupar com quem ouvirá dado que se o fizer deixará de poder inovar livremente e estará limitado ao que pode ser facilmente apreendido, que resultará possivelmente no igual e por consequência na morte da inovação. É um tema que já abordamos aqui várias vezes e que por isso vai merecer a tradução integral e comentada deste provocador artigo.

Além do artigo de Alex Ross consultamos o Jornal da Juilliard e o dicionário Grove Music Online (sem link porque requere subscrição - sorry).

1 comentário:

  1. Como não consigo esticar o tempo, dificilmente consigo acompanhar todos os blogues que desejaria, tive de fazer uma selecção colocá-los no google reader, felizmente há outros blogues seleccionados como este que noticiando aquilo que de bom se passa noutros blogues. O caso de "The rest is noise" é um desses exemplos que acompanho via "Diz que não gosta de música clássica?"

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