Poderão interrogar-se porque faço questão de vos mostrar todos os nocturnos de Chopin quando não o fiz para outros conjuntos de obras, alguns deles pelo menos na teoria mais merecedores de tal destaque.
Essa escolha está relacionada apenas com o objectivo do nosso blog e de eu achar que estas peças são pela sua natureza fáceis de ouvir e logo constituem uma excelente introdução à música clássica. A outra razão é pessoal. Durante muito tempo na minha adolescência Chopin foi o meu compositor preferido (para depois ser destronado por Beethoven) e ouvi vezes sem conta os nocturnos.
Os dois nocturnos do Opus 55 são ambos dedicados a Mlle. J. W. Stirling, uma aluna do compositor. Foram ambos compostos em 1833 e publicados em 1834. Segundo James Huneker autor da obra "Chopin - The Man and his Music" nenhum destes dois nocturnos merece grande atenção ... Pelo menos em relação ao primeiro discordamos.
Na realidade o primeiro destes nocturnos, sem dúvida o mais conhecido dos dois, o Nocturno nº 15 em Fá Sustenido Menor tem como sempre uma melodia cheia de desespero e de melancolia. Porém neste caso esta peça parece ter remédio para tanto sofrimento acabando num tom bem mais alegre. O You Tube permite-nos coisas fantásticas e para ilustrar este Nocturno proponho-vos uma gravação, cheia de estática e outros ruídos do grande pianista Vladimir de Pachmann (1848-1933). Oiçam aqui.
O segundo nocturno em Mi Bemol Maior é na realidade muito menos tocado e sinceramente não me inspira muito ... apesar da melodia ser muito bela também. Mas julguem por vós mesmos. Oiçam aqui.
Eu gosto e muito de música clássica. Tem estado presente em toda a minha vida nomeadamente na ida de bailarina.
ResponderEliminarNão posso deixar de sentir uma grande frescura neste espaço. Invulgar porque raro, de bom gosto pela sua simplicidade, propedeutico porque ensina.
A voltar, muitas vezes, sempre.
Um abraço.
PS.: Obrigado por todo o apoio, pelas palavras tão justas.
Obrigado pelas palavras e pela visita. Volte sempre claro.
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