quinta-feira, 5 de junho de 2008

Schubert - As Óperas

Continuando a nossa visita aos vários tipos de composição hoje falaremos de ópera. Também neste caso as obras de Schubert são relativamente desconhecidas o que é uma pena dado que algumas possuem o lirismo, a poesia feita música que caracteriza as suas composições.

Na realidade muitas das óperas de Schubert estão hoje incompletas, algumas porque nunca foram efectivamente terminadas outras porque tendo sido terminadas perderam-se actos inteiros ou partes destes. Diga-se em abono da verdade que este facto está relacionado com o carácter pouco sistemático e muito pouco atento aos detalhes de Schubert. Publicar, corrigir eram coisas que o aborreciam.

Para vermos como poderiam ter sido belas as suas óperas (aliás, correcção são belas) oiçam por exemplo esta gravação de 1988 da ópera (a primeira completa) na Ópera de Viena com a orquestra de câmara da Europa dirigida por Claudio Abbado. Oiçam aqui ...

2 comentários:

  1. Com este post deixou-me completamente surpreendido.
    embora assuma que não conheço Schubert tão intensamente como Beethoven, para mim, ele era o compositor da Incompleta, da Truta, de centenas de lieder e algumas outras obras típicas do período româmtico... mas óperas!? juraria que não fizera!
    Embora austríaco, não deixa de ser um belo excerto de uma ópera alemã e onde o estilo de lied está presente (confesso que tenho um album de karita matilla a cantar este tipo de canção e posso estar influenciado), mas que foi um surpresa agradável.

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  2. Pois é. As óperas de Schubert não são praticamente interpretadas. Esta obra ao todo deve ter tido uma meia-duzia de interpretações (a primeira segundo a Grove Music foi em Londres em 1930 para ter uma ideia). O que se passa é que em muitos casos as obras de Schubert (as óperas) estão incompletas ou perderam-se partes (existe uma por exemplo em que o texto se perdeu), outras em que falta um acto outras ainda manifestamente incompletas. Tudo isto é infelizmente um sintoma do caracter de Schubert, que era um verdadeiro romantico ... fartava-se das coisas, detestava pormenores e revisões, não se preocupava em editar (o número de obras póstumas dele é inacreditável) e claro também morreu muito novo. Aliás é curioso que se fala muito da idade com que Mozart faleceu mas Schubert morreu ainda mais novo - com apenas 31 anos !!! e poucos se apercebem disso... Enfim ainda bem que lhe fiz uma supresa :-)

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