Como não foi ontem tinha de ser hoje o dia para ouvirmos o 4º Concerto para piano Op. 58 de Beethoven. é tal como o 5º concerto que já ouvimos aqui, uma obra extraordinariamente poderosa e emocionante (aliás desse ponto de vista até talvez que o 5º).
Este concerto composto em 1805-1806 tendo sido estreado numa sessão privada no palácio do patrono de Beethoven Prince Lobkowitz em 1807. Foi estreada publicamente no ano seguinte em Viena durante uma espécie de concerto maratona que durou mais de 4 horas e que incluiu também as estreias da quinta e da sexta sinfonias. Imaginem o privilégio de ter podido assistir a essa sessão.
O concerto em Sol Maior segue a estrutura normal de um concerto do período clássico com três andamentos (rápido-lento-rápido)
Para o primeiro andamento (Allegro Moderato - Sol Maior) escolhi de novo um pianista de que já vos mostrei algumas interpretações por várias razões. Em primeiro lugar porque é para mim um dos melhores de sempre, em segundo porque este vídeo escapando à regras do You Tube, não me perguntem como, tem mais de 10 minutos pelo que poderão ver o andamento todo sem interrupções. Oiçam assim Rubinstein aqui.
Estou especialmente feliz hoje porque finalmente consegui ilustrar uma das peças que escolhi com um exemplo totalmente falado em Português e que junta os dois lados do Atlântico. Portugal e o país irmão, Brasil. Na verdade para o segundo andamento (Andante con moto em Mi minor) encontrei a Maria João Pires a tocar com a orquestra sinfónica da Bahia dirigida por Ricardo Castro no Teatro Castro Alves em Salvador da Bahia. Oiçam o segundo andamento aqui.
Para o terceiro andamento (Rondo Vivace Sol Maior) encontrei uma interpretação fabulosa de um pianista da "velha guarda", Wilhelm Backhaus. Oiçam este andamento aqui.
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