O meu ultimo post sobre os Dias da Música diz respeito ao concerto para Violino de Brahms que assim aproveito para introduzir mais este compositor do período romântico.
Se no período barroco temos um trio de compositores que formam a sua estrutura (Bach, Vivaldi e Handel) e no período clássico um outro trio de compositores (Haydn, Mozart, Beethoven) no período Romântico a escolha é bastante mais complicada senão vejamos.
Teríamos Tchaikovsky, Brahms, Mendelssohn se quiséssemos ficar apenas por um trio só que faltam ainda pelo menos: Chopin, Schubert, Wagner. Na verdade à falta de um trio poderíamos ficar com 3 trios juntando a estes Schumann, Mahler, Bruckner ... E acho que se quiséssemos ainda teríamos ocasião para mais um trio já que nos falta toda a ópera romântica ... Desta forma temos aqui material para vários meses ...
O concerto de que estamos a falar não conheceu sucesso imediato. Na verdade a extraordinária dificuldade da peça escrita para o seu amigo Joachim. este concerto foi estreado em Leipzig a 1 de Janeiro de 1879.
No que diz respeito à interpretação de ontem no CCB pela Orquestra Metropolitana de Lisboa e o seu novo director artístico Augustin Dumay apenas tenho duas coisas para dizer. Em primeiro lugar Dumay é realmente excelente em segundo lugar a OML está de parabéns: Excelente nível.
Sendo esta peça uma das mais exigentes do reportório praticamente todos os grandes solistas tocaram esta peça. Assim sendo temos o embaraço da escolha ...
Primeiro Andamento (Itzak Perlman): Primeira Parte , Segunda Parte .
Segundo Andamento (Henryk Szeryng): Primeira e única parte .
Terceiro Andamento (David Oistrakh): Primeira Parte, Segunda Parte.
Passei para deixar um Abraço... com melodias.
ResponderEliminarOlá Fernando!
ResponderEliminarNão querendo contrariá-lo, mas sim buscando esclarecimento(até porque, acho que você entende muito mais de música clássica do que eu), sempre li que Beethoven pertenceu já ao período Romântico. E não ao Clássico.
Poderia me/nos explicar?
Abraço
Fiquei-me pelo Itzak Perlman, enlaçado pelas outras prestações que aparecem junto a estas no Youtub e fiquei encantado.
ResponderEliminarFM: Francisco, obrigado pela visita e pelas melodias.
ResponderEliminarRaul: O Perlman é um violinista fantástico para além de ser um exemplo de vida, claro. É dificil resistir por isso compreendo perfeitamente :-)
Cazco: Bem efectivamente há quem considere Beethoven já um compositor romântico. Na verdade algumas das suas obras foram percursoras desse período. O que nós temos de entender é que à parte o período barroco versus o período renascentista em que existe uma barreira mais clara as diferenças entre o período clássico e o período barroco e entre o período clássico e o romântico nãoi são estanques ... e há compositores que estão na charneira entre um e outro. Beethoven é um dos compositores que poderia ser classificado como pré-romântico ou como clássico tardio ... da mesma forma que Brahms por exemplo apesar de ser do período romântico é muito "clássico" na sua forma.
Por outras palavras no caso de Beethoven tudo depende daquilo a que quisermos dar mais importância. Beethoven foi sem duvida nenhuma o ultimo dos grandes compositores do período clássico. As suas sinfonias 1 e 2 por exemplo são perfeitamente representativas desse estilo. Nesse sentido é um compositor do período clássico (e esta parte da obra representa muito da produção de Beethoven). Mas podemos preferir ver Beethoven como o percursor, o pai de um novo estilo e aí podemos por exemplo escolher a terceira a quinta ou a nona sinfonia por exemplo para indicar o nascimento do período romântico e não estariamos errados ao fazê-lo. É uma questão de valorização. Pessoalmente prefiro ver Beethoven como um compositor do período clássico que expandiu a sua expressão ao expoente máximo e abriu novos caminhos a toda uma nova geração ... mas isso sou eu, admito que seja possível outras interpretações. Como esta explicação ficou muito longa e acho que pode ser interessante para mais pessoas acho que a vou transformar num post. Obrigado pela sua pergunta cazco.
Eu que agradeço a explicação!
ResponderEliminarÉ como se ele (Beethoven) estivesse numa ponte entre um período e outro então.
Não estava claramente em nenhum, mas ao mesmo tempo, entre os dois.
Gostei.
A idéia do post é boa.
Abraço