segunda-feira, 1 de junho de 2009

Mendelssohn - Sonhos de uma noite de Verão

Esta peça foi composta em períodos muito diferentes da vida de Mendelssohn, quase nos opostos da sua actividade criativa. A abertura (Op. 21)  data de 1826 numa altura em que Mendelssohn tinha apenas 17 anos. As restantes partes datam de 1842 uns poucos anos antes do seu precoce falecimento.

Esta composição foi concebida como música incidental para a peça de Shakespeare e resulta de uma encomenda do Rei da Prussia para quem Mendelssohn trabalhava. Este trabalho inclui a famosa marcha nupcial que por tanta vezes repetida em momentos tão marcantes das nossas vidas ou dos nossos amigos dificilmente a conseguimos separar da patina da repetição promovida pela tradição.

As partes puramente instrumentais (o conjunto de peças incluía algumas canções e mesmo pequenos dramas que pretendiam aumentar a dimensão da peça de Shakespeare) são muitas vezes executados e gravados. Destas interpretações escolhemos uma de Furtwangler com a Filarmónica de Berlim. Podem ouvir aqui (Primeira Parte) e aqui (Segunda Parte).
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3 comentários:

  1. Já pedi a diversas pessoas (alunos, filho, etc.) que dizem não gostar de música clássica para imaginarem que são realizadoras de cinema e para escolherem música para inserir num filme, em cenas com certas características: perigo, suspense, grande desespero, exaltação heróica, etc.
    Essas pessoas escolhem sempre música clássica.

    Cumprimentos

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  2. Fernando,
    permita-me apenas aqui deixar o seguinte. acabei de colocar no youtube uma playlist com a kyrie e gloria de Joao Bomtempo. Creio que talvez lhe interesse. tambem já coloquei um requiem de Dvorak, pois eram obras em falta no youtube e que me agradam sobremaneira.
    um abraço

    http://www.youtube.com/watch?v=DiFGTnYnU68&feature=PlayList&p=FB2676F4874EFA10&index=0&playnext=1

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  3. Assisti há tempos, na casa da Música, a uma interpretação do Sonho duma Noite de Verão com a Orchestre Révolucionnaire et Romantique sob a direcção de Sir Neville Mariner. A versão exibida incluía música, texto e alguma encenação: o próprio Sir Neville fez de narrador, e um conjunto de actores e bailarinos interpretou as personagens (chegando Puck, a dado momento, a roubar a batuta e a dirigir a orquestra por uns momentos).
    Pouco tempo depois, encontrei uma gravação que incluía texto (embora os excertos não fossem exactamente os mesmos que os escolhidos para o espectáculo da casa da Música). É pena que não exista, que eu saiba, um DVD.
    Também seria interessante ver, em palco ou em gravação, o Peer Gynt de Ibsen com a música incidental de Grieg - não na versão orquestral, claro, mas na que inclui coro e cantores.

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