Ontem nas nossas recomendações para Domingo propusemos uma obra do irmão mais novo de Haydn Michael e portanto pareceu-nos interessante uma pequena biografia sobre este compositor que embora não tendo a relevância do irmão não deixou de ter um papel importante na música da época.
O percurso inicial de Michael foi bastante ajudado pelo irmão mais velho tendo começado por cantar no mesmo coro até ter de saír quando a sua voz mudou. Existem indicações que terá estudado com Albrechtsberger (o professor de Beethoven). Depois de ter saído do coro ter-se-á mantido no seminário jesuíta compondo missas e outras obras litúrgicas pelas quais segundo o seu biógrafo Stadler era muito apreciado.
Em 1757 muda-se para Grosswardein (agora Oradea na Roménia) onde existe muito pouca referência da sua estadia com a eventual excepção da missa Missa SS Cyrilli et Methodii de 1758. Em 1762 com o falecimento de Eberlin Michael Haydn é nomeado director musical da corte em Salzburgo e onde tem por colega entre outros Mozart. Em 1768 casa com Maria Magdalena Lipp uma das cantoras no coro e filha do organista. Em 1772 Coloredo é nomeado arcebispo e príncipe da corte e inicia um controlo orçamental muito mais apertado. Michael Haydn no entanto parece beneficiar da mudança acabando por ser nomeado também organista da corte o que acaba até por atrair a ira de Mozart pai que o qualifica como bêbado ...
Hayd compõe as suas obras mais conhecidas entre 1771 e 1777 entre as quais o Requiem (ST 155) e a Missa S Hieronymi (ST254) em 1777. Na década de 1780 concebe muitas das suas mais de 40 sinfonias das quais poucas conseguiram alguma visibilidade fora de Salzburgo. No que diz respeito ao seu trabalho instrumental hoje em dia uma das obras ainda interpretadas é o seu concerto para trombone em Ré Maior que pode ouvir aqui.
No que diz respeito aos sue strabalhos de música sacra recomendamos uma parte do seu Requiem que pode ouvir aqui.
Michael Haydn faleceu em Salzburgo a 10 de Agosto de 1806.
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