A tradução original do poema é de Eduardo Gabarra que poderão encontrar aqui. Fizemos ligeiras alterações à tradução que apontamos em azul. A ilustração é da grande voz Lotte Lehmann. Também são dela as principais indicações que damos quanto a esta canção provenientes do livro "Eightheen Song Cycles - Studies in Their Interpretation". Não deixem também de ler o artigo sobre este conjunto de canções aqui.
A nossa guia a este conjunto de canções, Lotte Lehmann diz-nos que ao cantar esta canção se lembrava sempre das suas visitas a um cemitério algures numa pequena aldeia alemã onde repousava alguém querido para ela. Diz ela que se lembrava especialmente das palavras escritas nessa tomba. "Aqui se encontra a paz que mundo não quis dar". É com este enquadramento de imaginação que devemos ouvir esta canção. O nosso jovem apaixonado entra num cemitério quando entrevê uma estalagem e a ela se dirige só para descobrir que não existem quartos disponíveis.
Hoje para variar proponho que oiçam esta canção interpretada pelo barítono (baixo) Tomas Herberich aqui.
A Estalagem
A um cemitério me levou minha viagem;
aqui vou me deter, penso comigo.
Verdes coroas fúnebres bem podem ser os sinais
que convidam o viajante cansado para a fria estalagem.
Estão nesta casa tomados todos os quartos ?
Estou exausto e prostrado, estou ferido de morte.
Estalagem impiedosa, porque me rejeitas ?
Pois seguirei em frente, sempre em frente, com meu cajado fiel.
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