O concerto que ouvimos hoje foi composto em 1845. Na verdade o primeiro andamento resulta de uma fantasia escrita naquele que foi um dos seus anos mais produtivos 1841. A esta fantasia Schumann acrescentou dois andamentos ficando assim o concerto com uma estrutura clássica, pelo menos na aparência dado que Schumann preferia que nos programas fossem apenas apresentados dois andamentos. Para quem não pode ouvir em directo neste post podem também encontrar referências para uma interpretação de Emil Gilels (primeiro e terceiro andamento) e Dino Lipatti (segundo andamento).
Em todo o caso os dois últimos andamentos são tocados sem interrupção sem dúvida numa tentativa de ter uma obra perto de um andamento único.
É um concerto que não é propriamente muito exigente do ponto de vista técnico, muito num estilo concertante o que aliás lhe valeu a charge de Lizst que lhe chamou um "concerto sem piano".
O concerto foi estreado em 1846 sendo o papel de solista desempenhado por Clara Schumann e a Orquestra dirigida por Ferdinand Hiller a quem o concerto é dedicado.
O primeiro andamento (Allegro affettuoso) em Lá Menor começa com uma introdução bastante sombria que alterna sucessivamente para um tom alegre do modo maior do tema principal. Primeira Parte, Segunda Parte
O segundo andamento (Intermezzo: Andantino grazioso) em fá maior demonstra de forma inequívoca o dom de Schumann para as melodias.
O terceiro andamento (Allegro vivace) em Lá maior é extraordinariamente alegre com um ritmo de quase dança num optimismo crescente e exuberante. Primeira Parte, Segunda Parte
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