Do meu avô as minhas primeiras recordações curiosamente estão ligadas à televisão. Ao Vitorino Nemésio que ele gostava tanto de ver - e surpreendia-se por eu na altura miúdo com pouco mais de 6 anos - também gostar daquelas conversas aparentemente sem rumo, da sua colecção de selos que passava horas a organizar ou mais tarde de vermos a Académica na televisão, do xadrês e dos livros de geografia que eu lia vezes sem conta nas férias de verão. O gosto pela leitura (pela cultura provavelmente) sem dúvida começou por aí ...
Ontem o meu pai enviou-me alguns textos escritos pelo meu avô e não posso deixar de vos deixar aqui um poema que dedicou aos seus netos.
Amo as Estrelas
Amo as estrelas, sim!. . . Não as que vejo
No azul do céu, dispersas e distantes. . .
As estrelas que eu amo, mais brilhantes,
Acendem no meu peito alvores de esperanças,
Fulgindo em luz de amor, quando vos beijo,
Nos vossos puros olhos de crianças!. . .
F. Alípio de Vasconcelos
Pensei durante algum tempo que música poderíamos associar a este poema. depois de reflectir um pouco escolhi Os Planetas de Holst. Não tanto por o tema ser aparentemente os planetas (excepto a terra) do sistema solar mas sobretudo porque Holst tanto quanto outros grandes compositores foi um notável professor tal como o meu avô ... Para além disso simbolicamente uma das peças que o meu filho já interpretou também é deste compositor ... (a suite S. Paulo no caso).
Saludos. Aquí les dejo un enlace a mi blog musical, espero que les guste. Buen sábado.
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