Hoje às 21:30 em Alcobaça no Cine Teatro João d´Oliva Monteiro inserido no festival Cister Música irei assistir à estreia em Portugal da ópera de Gluck , Páris e Helena. Já tinha assistido à versão não encenada no Grande Auditório da Escola Superior de Música mas agora vou ter a hipótese de assistir à estreia em Portugal da versão encenada. Do programa deixo-vos aqui a ficha técnica retirada da página de programação do mês de Julho do Festival.
Fica também a recomendação para lhe darem a devida atenção.
Estúdio de Ópera da Escola Superior de Música de Lisboa
Nicholas McNair, direção artística
Clara Andermatt,
encenação
Carmen Matos, Carla Simões, Sara Carolina Marques, Sónia Alcobaça,
solistas
Coro do Estúdio de Ópera da Escola Superior de Música de Lisboa
Clara Alcobia Coelho, direção
Orquestra de Música Antiga da Escola Superior de Música de Lisboa
Pedro Castro, direção musical
Rui Horta, cenografia e desenho de luz
Aleksandar Protic, figurinos
Coprodução: Escola Superior de Música de Lisboa, ACCCA - Companhia Clara Andermatt,
O Espaço do Tempo e São Luiz Teatro Municipal
Já sabem - de tiverem oportunidade - deixem as pantufas em casa e vão à opera que ao vivo é MESMO outra coisa !
Quanto à opera propriamente dita ela segue as mais conhecidas Orfeo e Euridice e mesmo Alceste tendo sido estreada em Viena a 3 de Novembro de 1770 sendo o libretto de Ranieri de' Calzabigi que já tinha colaborado nas anteriores óperas do compositor.
Embora sendo a menos conhecida e a menos interpretada das três obras não deixa de ser uma obra belíssima seguindo a procura de simplicidade e pureza típica de Gluck e tantas vezes (mal) confundida com falta de expressividade.
A ópera que conta a história da chegada de Páris e da sedução de Helena até à sua partida para Tróia contem não obstante algumas árias que certamente terão já ouvido porque são regularmente interpretadas em recitais (de forma isolada). Dessas escolhemos duas para vos ilustrar a obra.
Em primeiro lugar "O del mio dolce ardor" a declaração de amor de Páris no primeiro acto.
A segunda ária que escolho é uma gravação de Claudia Muzzio de 1923 (só por si é um documento histórico) Spiagge Amate.
Estas duas árias dão uma ideia da dificuldade em encontrar cantores para este papel dado este ter sido concebido sobretudo para um Soprano Castrato.
Repetindo a primeira ária não queria deixar-vos sem a comparação da grande Teresa Berganza na primeira destas duas árias, simplesmente sublime (não que os dois outros exemplos não sejam excelentes note-se).
Há alguns anos o CCB trouxe-nos uma versão de concerto muito boa com Magdalena Kožená.
ResponderEliminarSim versões não encenadas são relativamente mais frequentes. Existe uma versão da Kozená gravada se não estou em erro.
ResponderEliminarSim, foi a versão do concerto que foi apresentado cá e em Paris, se não me engano.
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