No seu blog The Rest is Noise que citamos frequentemente Alex Ross escandaliza-se pelo facto de numa review anual de músicos que faleceram no presente ano feita pelo New York Times Magazine, edição que consiste numa colagem das músicas que estes protagonizaram, não constar nenhum músico de música clássica sobretudo diz ele num ano em que perdemos vultos como Fischer-Dieskau só para dar um exemplo.
Porque Alex Ross é um critico influente os editores responderam-lhe mas as emendas e as justificações foram piores que o soneto. Vale a pena ler para constatar que afinal a ignorância e a vil cedência às aparências da relevância mediática como se não houvesse lugar para mais nada não se passa só por aqui.
Por isso é que a crise que vivemos não é apenas nossa é global. É uma crise que resulta da falta de outro critério que não seja o do sucesso imediato e de pacotilha. E falo da música mas não só porque como no filme, além de chapéus também há muitas embalagens bonitas e plásticos que escondem a falta de substância em muitas outras áreas.
Como no subtítulo deste blog, a única música que precisa de embalagem é a de plástico, diria filosoficamente que a única politica que precisa do mesmo é também ela a de plástico. O problema meus amigos é que distinguir a embalagem do resto dá trabalho e valha a verdade infelizmente na música como na politica nos deixamos iludir demasiadas vezes com o bonito laço colorido.
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