Hoje de manhã visitei o ANIM (Arquivo Nacional das Imagens em Movimento) nas visitas organizadas que foram organizadas para entre outras razões chamar a atenção para a situação em que se encontra o Arquivo pela ausência de algumas verbas fundamentais para assegurar o seu correcto funcionamento.
A esse propósito e antes que me comecem a dizer que é o mercado, que não há dinheiro, que essas despesas não são absolutamente necessárias digo-vos duas coisas: Em primeiro lugar que pelo pude julgar certamente não são despesas inúteis e faustosas que encarecem uma obra fundamental na preservação da nossa herança cultural porque a gestão da cinemateca é feita de uma forma frugal e com uma sã perspectiva económica. Inclusivamente os serviços com maior risco de sobrevivência são precisamente os que até são rentáveis do ponto de vista económico estando apenas em risco não por medidas politicas razoáveis mas apenas pela aplicação cega de critérios burocráticos. Em segundo lugar sem obstar ao ponto anterior que me perdoem mas o dinheiro existe sempre. É uma questão de nós querermos enquanto sociedade que ele exista.
Fechando o longo parênteses de tudo o que vi o que me fascinou particularmente e que é o titulo deste post é a forma como o som é codificado visualmente na própria fita. Nunca me tinha passado pela cabeça que fosse feito assim. Fui investigar e descobri um filme que explica o processo. Nunca tinha pensado neste problema ... é que na fita não existe banda magnética normal e embora nos primórdios a banda sonora fosse feita em separado estão a ver o que é que isso significava em termos de sincronização?
A propósito a imagem que mostro é o edifício que no ANIM contém armazenadas as peliculas em Nitrato de Celulose conhecidos pela sua capacidade de combustão.
Ainda a propósito do parênteses e antes de terminar se quiserem ajudar a cinemateca podem fazê-lo tornando-se Amigos da Cinemateca Portuguesa. Podem aceder ao Formulário de Adesão e conhecer as vantagens de que usufruem.
É "impresso" opticamente no mesmo suporte :)
ResponderEliminarPodes descobrir uma coisa ainda mais gira: como o Norman McLaren criou um método para gravar som directamente na película ao mesmo tempo que fazia e sincronizava com a animação, googla "Norman McLaren", rapidamente encontras :) mas mais directamente "blinkity blank" ( https://www.youtube.com/watch?v=vRBVWCs1KW4) é um exemplo (q tb tem música convencional) e o "Neighbours" também tem banda sonora sintetizada por ele na faixa óptica ( https://www.youtube.com/watch?v=4YAYGi8rQag )
abraço
Pedro